Marielle na GloboPlay: “As pessoas brancas que não abrem as portas para as negras, chegam ali antes da gente”, diz Anielle Franco

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Marielle na GloboPlay: “As pessoas brancas que não abrem as portas para as negras, chegam ali antes da gente”, diz Anielle Franco
Crédito: Reprodução Instagram

Anielle Franco teve um importante momento de fala durante a exibição para convidados de “Marielle: O Documentário”, o primeiro projeto de teor mais investigativo da Globoplay que estreia em 13 de março.

“Será que a se a Marielle não tivesse sido covardemente assassinada a gente estaria em um evento hoje da GloboPlay assistindo a ela nesse telão? Provavelmente não” ,provocou a irmã da vereadora eleita, mãe e Mestre em Administração Pública na Universidade Federal Fluminense (UFF), morta em 2018 juntamente com seu motorista Anderson Gomes.

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Ela também destacou que tudo que a Internet tem comentado nos dois últimos dias sobre Marielle é o que a família dela tem passado nos últimos dois anos.

A mestranda e palestrante falou ainda que o documentário, de uma forma menor que a série que será dirigida por José Padilha já era um produto quase pronto quando ela ficou sabendo do projeto.  “O documentário quando chega na família, já chega amarrado e assinado”.

Anielle que está grávida, discutiu a questão de raça no tocante à produção de conteúdos relativos à morte de Marielle.

Anielle Franco durante a exibição do documentário sobre Marielle 

“As pessoas brancas que não abrem as portas para as negras. Chegam ali antes da gente porque a gente não consegue chegar, porque se a gente conseguisse, a gente chegaria primeiro”,  destacou a diretora do Instituto Marielle Franco que continuou: “Vocês que chegaram em um lugar onde as mulheres negras não conseguem chegar, não esperem mais nenhuma mulher negra ser assassinada com mais de 4 tiros na cabeça para falarem sobre ela (…)Nós queremos contar nossa própria narrativas, vivencias, valores assim como a Marielle fez e consegue fazer até hoje”.

“Um documentário como esse é muito importante, pois a gente consegue eternizar e conhecer quem era a Marielle . É inadmissível que a gente a resuma como uma vereadora assassinada. Ela é muito mais que isso”, finalizou Anielle.

Uma maneira para realmente contribuir para a luta de Marielle é apoiar o Instituto Marielle Franco que terá uma série de atividades e campanhas de financiamento coletivo para executar os projetos. Para conhecer mais acesse: https://www.institutomariellefranco.org/

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