Atos em defesa da democracia acontecem hoje em universidades por todo o país
Faculdades de Direito de todo país fizeram hoje (11), a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”, assinada por diversos artistas, intelectuais, organizações e políticos de todo o Brasil. Divulgada através de um vídeo que circulou nas redes sociais, a carta também é lida por artistas negros como Antônio Pitanga, sua filha, Camila Pitanga, Linn da Quebrada, Seu Jorge, Milton Nascimento, Djavan, Lázaro Ramos, Paula Lima, Ícaro Silva, Dan Ferreira e o rapper BK.
Notícias Relacionadas
“Você é definido pelos seus erros, especialmente se você é negro”, reflete Daniel Kaluuya sobre desafios na indústria do cinema
Zezé Motta recebe título de doutora honoris causa da Fiocruz por contribuição à cultura brasileira
Professora de Direito da USP e da Universidade Zumbi dos Palmares, Eunice de Jesus Prudente foi a primeira a ler a carta direcionada à população brasileira no pátio da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. “Sou uma mulher preta, cidadã brasileira, uso símbolos importantíssimos das comunidades e das religiões de matriz africana e estou vestida de amarelo, uma das cores do meu santo, Oxum”, destacou a docente.
A carta ressalta a importância do respeito ao exercício da democracia e o cumprimento da Constituição, defendendo o processo eleitoral com voto através das urnas eletrônicas, além de denunciar as desigualdades sociais e o risco que as instituições correm com declarações e demonstrações de desrespeito a um possível resultado contrário ao do atual governo nas urnas. O conteúdo também denuncia o risco que as ameaças aos poderes e a incitação da violência podem trazer para a democracia no país.
Ainda em São Paulo, o ato contou com a presença da filósofa e feminista negra, Sueli Carneiro, do fundador da Uneafro, Douglas Belchior, e Leci Brandão.
Um manifesto escrito pela Coalizão Negra por Direitos, que reforça a importância do compromisso das instituições no combate ao racismo para o processo democrático foi lido por Beatriz Lourenço, coordenadora da Uneafro: “Qualquer projeto ou articulação por democracia no país, exige o firme e real compromisso de enfrentamento ao racismo”, dizia um trecho do manifesto.
A Prof. Dra. Aza Njeri comentou sobre o ato em suas redes sociais:
Talíria Petrone comentou o assunto com seus seguidores:
A data escolhida para as manifestações, marca a criação dos cursos de direito no Brasil. Foi também no dia 11 de agosto que um manifesto contra a ditadura militar foi lido em 1977, no Largo São Francisco, pelo professor Goffredo da Silva Telles Jr.
A adesão à carta já conta com quase m milhão de assinaturas.
Notícias Recentes
Universidade Federal de Sergipe assume fraude em cotas raciais em 30 Concursos
Aaron Pierre é escalado como Lanterna Verde John Stewart em nova série da DC Studios