Ator descartou o nome J’Ouvert após as críticas de Nicki Minaj e do governo de Trinidad e Tobago
Após anunciar no fim de semana de que estava lançando uma linha de rum chamada J’Ouvert, Michael B. Jordan publicou um pedido de desculpas e decidiu mudar o nome da marca. Os críticos ficaram ofendidos porque no processo de registro da marca, Jordan afirmou que o termo “não tem significado em uma língua estrangeira”.
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J’Ouvert sinaliza o início do carnaval no Caribe e é um elemento muito tradicional da cultura de Trinidad e Tobago. O uso da palavra por Jordan foi sentido por muitos como uma apropriação cultural. O termo “J’Ouvert” origina-se do francês para o amanhecer e sua relação com o início do carnaval no Caribe remonta ao século XIX.
Uma petição online para impedir o registro da marca já havia ultrapassado 12.000 assinaturas e o governo das ilhas também expressou profunda preocupação com o plano. A cantora Nicki Minaj, que é Trinidad, pediu a Jordan que mude o nome “ofensivo” na última terça-feira.
No texto repostado por Nicki, a autora falou sobre como J’Ouvert “se originou em Trinidad com as festividades de Canboulay, que era uma época em que os campos de cana-de-açúcar pegavam fogo e os escravos ainda eram forçados a colher as plantações restantes antes da destruição completa”. O post também explicou que “foi posteriormente adotado por outras ilhas do Caribe, à medida que experimentaram a emancipação ao longo de diferentes períodos da história”.
Em seguida, Jordan postou um pedido de desculpas nos Stories.“Eu só quero dizer em meu nome e em nome de meus parceiros, nossa intenção nunca foi ofender ou ferir uma cultura (que nós amamos e respeitamos) e esperamos celebrar positivamente”, escreveu ele. “Nos últimos dias tem havido muita escuta. Muito aprendizado e envolvimento em inúmeras conversas da comunidade”, disse o ator. “Nós ouvimos vocês. Eu ouvi e quero deixar claro que estamos no processo de renomeação. Pedimos desculpas sinceramente e esperamos apresentar uma marca da qual todos possamos nos orgulhar”, completou.
No início da semana, a ministra do Comércio e Indústria, Paula Gopee-Scoon, disse ao Trinidad e Tobago Newsday que as implicações de propriedade intelectual do pedido foram “extremamente preocupantes”.
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