Em sua 7ª edição e com o tema “Mulheres Negras por um Nordeste Livre“, o intuito do Julho das Pretas, deste ano, é destacar a vanguarda da região nas lutas por liberdade, contra o racismo, o patriarcado, a democracia plurirracial e pelo Bem Viver. Serão mais de 150 atividades durante todo o mês de julho em Salvador, Região Metropolitana e nos demais municípios do interior da Bahia.
Realizado por ativistas e organizações de mulheres negras de toda região Nordeste do país, a ação busca mobilizar milhares de pessoas da região, durante todo o mês, através de uma agenda coletiva de atividades em celebração ao 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Notícias Relacionadas
Seis anos depois, julgamento dos acusados no caso Marielle e Anderson começa no Rio
7ª Virada da Consciência celebra Troféu Raça Negra e estreia do feriado nacional da Consciência Negra
Em Salvador, no dia 25 de julho acontece, será realizada a Marcha das Mulheres Negras Por Uma Bahia Livre, para ressaltar a importância da população negra da região Nordeste contra o fascismo e o retrocesso de direitos. Este ano é a 3ª Edição da Marcha do 25 de julho em Salvador, e 2ª Edição em Aracajú (SE). Todos os estados da região Nordeste promoverão atividades no dia.
Segundo a coordenadora executiva do Odara – Instituto da Mulher Negra e da Articulação de Organização de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Valdecir Nascimento, o julho das Pretas, em todas as suas edições, teve como finalidade incidir na conjuntura política do país e apontar caminhos.
“O tema deste ano vem para reafirmar a força política das mulheres negras na região Nordeste, bem como, nossas narrativas de luta por liberdade ao longo da história. Na região Nordeste temos vivenciado de maneira intensa o recrudescimento do racismo e com isso somos às maiores vítimas do feminicídio, da LBTfobia, da violência doméstica, da mortalidade materna, do extermínio da juventude negra. Quer dizer, só viveremos uma sociedade livre quando o modelo civilizatório tiver centrado no bem viver para todas nós”.
O Julho das Pretas é desenvolvido a partir de uma agenda conjunta e propositiva com movimentos de mulheres negras da Bahia, região Nordeste, e mais alguns estados do país. As atividades realizadas durante todo o mês reúne mulheres negras plurais bem como, pessoas comprometidas com a construção da equidade social.
Confira a agenda:
Notícias Recentes
“Razões Africanas”: documentário sobre influências da diáspora africana no jongo, blues e rumba estreia em novembro
Canal Brasil celebra Mês da Consciência Negra com estreia de longas, documentários e entrevistas exclusivas