Feriado na África do Sul, o Dia Nacional da Mulher celebra a marcha 9 de agosto de 1956, quando cerca de 20.000 mulheres marcharam até Pretória com uma petição contendo mais de 100.000 assinaturas contra as leis que exigiam que os sul-africanos fossem definidos como negros nos registros para portar um passe que servia para manter a segregação da população, controlar a urbanização e gerenciar a migração durante o regime de segregação, o apartheid.
Apoiadas por mães, filhas, irmãs e amigos, não apenas marcharam, mas permaneceram em silêncio por 30 minutos em uma demonstração de unidade não violenta e muito poderosa, do lado de fora dos Union Buildings, gabinete e residência oficial do presidente do país.
Dois anos antes da marcha, em 1954, lançou-se a Federação de Mulheres Sul-Africanas com o objetivo de unir as mulheres da nação para garantir plena igualdade de oportunidades para todas, independentemente de raça, cor ou credo, extinguir deficiências sociais, jurídicas e econômicas e lutar pela proteção das mulheres e crianças. Uma carta foi escrita na primeira conferência da Federação e apelou para a emancipação de homens e mulheres de todas as raças, igualdade de oportunidades no emprego, pagamento igual para trabalho igual, direitos iguais em relação a propriedade, casamento e filhos, remoção de todas as leis e costumes que negavam às mulheres tal igualdade, e exigia licença maternidade paga, creches para mães trabalhadoras e educação obrigatória e gratuita para todas as crianças sul-africanas.
Ray Simons, Amina Cachalia, Helen Joseph e Lillian Ngoyi foram as líderes do pacífico protesto, possuem estátuas na Praça Lilian Ngoyi, primeira mulher eleita para o comitê executivo do Congresso Nacional Africano e hoje tem seu nome intitulando um hospital em Soweto, hall residencial da universidade de Rhodes e ruas em diversas cidades da África do Sul.
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