No dia 2 de setembro, ultima quarta-feira, foi comemorado o dia do fotojornalista. Esse profissional, tem como função ilustrar a narração de fatos, de maneira fiel a realidade dos acontecimentos, com o intuito de comprovar e complementar as informações contidas no texto. Esses acontecimentos, podem ser esportivos, culturais, políticos, históricos, sociais ou de qualquer natureza.
O primeiro registro de fotojornalismo, é de 1880, no jornal Nova Iorquino Daily Herald. Com o passar dos anos, a fotografia foi ganhando um papel ainda maior, passando de coadjuvante para protagonista em textos jornalísticos, a medida em que a tecnologia também evoluía e tudo ficava mais visual, a necessidade da imagem foi ficando ainda maior. O que antes era só jornal impresso, se transformou em telejornal, e por fim em sites como o nosso. Escrevendo dia-a-dia para vocês, sabemos o quão crucial é uso das fotografias nas matérias, sejam elas sobre música, cinema, denúncias ou qualquer outra coisa. E mais do que isso: boas imagens.
A fotografia vêm ajudando a comunidade negra a mostrar sua cultura, seu cotidiano, e a se expressar de maneira artística, mas sobretudo vêm testemunhando a nossa luta ao passar dos anos, seja com os protestos pelos direitos civis nos anos 60, nos EUA ou em 2020 nas manifestações em apoio ao Black Lives Matter. Manifestações essas que inclusive aconteceram pois alguém documentou com imagens o assassinato de George Floyd, provando assim o que e como tudo aconteceu. O mesmo podemos dizer do caso de Jacob Blake, algumas semanas atrás. O poder do registro se tornou uma arma de defesa essencial da população negra, graças a democratização da fotografia.
Considerando isso, selecionamos alguns fotojornalistas (ou repórteres fotográficos, como preferir) negros que você pode não conhecer, mas que precisam ter seus trabalhos propagados pois são ótimos.
Lázaro Roberto
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O fotografo (desde os anos 90) e arte-educador baiano, tem um acervo de mais de 30.000 imagens. Ele já lecionou em diversas instituições como Escola de Belas Artes da UFBA, Senac, Fundação Casa de Jorge Amado e Museu Eugênio Teixeira Leal. Além disso, fundou o Zumvi Arquivo Fotográfico, uma associação de fotógrafos negros que visa registrar a cultura, política e arte afro-brasileira.
Stephanie Mei-Ling
No registro abaixo, Stephanie estava em Eastern Parkway, no Brooklyn, NY. O evento, é uma celebração de cultura negra, feita pelo povo negro, para celebrar as heranças e tradições levadas aos EUA pelos imigrantes caribenhos. NY, tem, ao lado de Flórida, a maior população caribenha do EUA. A fotografa também participou dos protestos do Black Lives Matter em maio.
Fotografia: Stephanie Mei-Ling, The Parkway
Lynsey Weatherspoon
A profissional de Atlanta, Georgia, trata dos mais diversos temas da comunidade negra através de suas lentes. Em seu site oficial, lynseyweatherspoon.com ,é possível ver celebrações culturais de Nova Orleans, cerimônias de formatura de alunos negros, protestos, e até um especial com uma liga de jogadores negros de baseball.
Clique de Lynsey Weatherspoon, durante o primeiro protesto da Black Lives Matter, em 29 de maio, Atlanta.
Mark Clennon
O profissional Nova Iorquino, também participou do Black Lives Matter. Sobre a experiência, Mark disse que foi diferente de todos os protestos que ele já foi, pois ele via a dor a raiva nos olhos da população. Sua meta, é capturar a experiencia negra em todos os sentidos: dor, alegria, e triunfo. Ele é especialista em fotografia documental, editorial e comercial.
Protesto em frente ao Trump Tower, clique de Mark Clennon
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