E então? Você já se decidiu pelo seu voto presidencial para este ano?A comunidade preta do Brasil precisar ficar alerta nas eleições de 2022!
A Política é uma atividade feita para a tomada de decisões de um grupo para alcançar determinados objetivos e também para a resolução de um conflito de interesses. Há mais de cinco séculos, buscamos a conquista de uma cidadania de primeira classe neste país. Precisamos de representatividade preta nas esferas de decisões políticas do Brasil.
Notícias Relacionadas
‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas
'Mufasa: O Rei Leão’ reacende memórias e apresenta novas lições
Somos um país marcado pela diversidade e com várias potencialidades humanas e naturais ainda a serem melhor utilizadas a favor de um país mais justo.Mas a História do Brasil é quase sempre contada quase que exclusivamente a partir de somente uma forma de visão de mundo.
Foi assim na época colonial, ao longo do período escravocrata, durante os ciclos econômicos, ao fim do Império, na primeira República, na era Vargas, no Golpe de 1964, na anistia do fim da década de 70, na era “Diretas Já”, no estabelecimento da Nova República, e até os dias de hoje.
Os nativos da terra e a comunidade preta estão sempre subrepresentados numericamente. O Censo de 2010 informa que somos, nós pretas e pretos do Brasil, mais de 55% da população. A superioridade destes números, contudo, não é vista proporcionalmente em qualquer das esferas de poder político da sociedade.
A partir de 2018, Brasil saiu de um modelo de moderno progressista para um governo conservador. Para as eleições de 2022, a população preta precisa pensar estrategicamente sobre as escolhas do seu direito ao voto. A curto prazo, vale a pena saber que existem opções legítimas para uma representatividade coerente para as nossas reivindicações.
Por exemplo, Vera Lúcia Salgado do PSTU e Leonardo Péricles da UP são candidaturas à presidência que tem anunciado temas de interesse das nossas pautas e demandas. Para fins de conhecimento e tomada de decisão, uma análise de suas propostas políticas para as pautas das comunidades pretas do Brasil se torna, portanto, recomendável.
E, a médio prazo, podemos pensar em uma estratégia mais ampla. Podemos pensar em algumas medidas razoáveis e de fácil execução, para este propósito:
– Criação de uma Agenda Nacional Política Preta
– Registro em cartórios desta Agenda Nacional Política Preta
– Distribuição da ANPP às militâncias populares e de base
– Criação de uma Comissão Nacional do Eleitorado Afrobrasileiro
– Quantificação e cadastro do eleitorado Preto (autodeclarado) em todo o território nacional ;
– Divulgação da ANPP para o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, a Procuradoria Geral e Forças Armadas
– Obtenção dos votos do eleitorado afrobrasileiro com a condição de compromentimento com a ANPP
– Viralização virtual das candidaturas que forem de fato eleitas com os votos do eleitorado afrobrasileiro
– Avaliação das candidaturas que proponham políticas públicas alinhadas com a ANPP
– Prestação de contas geral ao eleitorado afrobrasileiro registrado numa eventual Comissão Nacional do Eleitorado Afrobrasileiro.
Essas são algumas ideias. Outros apontamentos, obviamente, são possíveis.
Dandara e Zumbi dos Palmares já sabiam disso. E nós, e as pessoas de nosso futuro, somos o sonho de liberdade pelo qual os dois, e tantas outras e tantos outros que vieram antes de nós, sonharam um dia!
Mãos às urnas!
Notícias Recentes
‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas
Leci Brandão celebra 80 anos e cinco décadas de samba em programa especial da TV Brasil