No início de 2020, a Marvel estava em busca de um diretor para o filme ‘As Marvels’. Foi nesse momento que uma jovem diretora surgiu, pronta para apresentar sua visão do projeto aos executivos do estúdio. Bastou apenas quatro minutos de sua apresentação, para Nia DaCosta conquistar toda a sala de reunião.
Na época, com apenas 30 anos, Nia se tornou não apenas a diretora mais jovem da Marvel, mas também a primeira mulher negra a dirigir um dos filmes do estúdio. Nascida em 8 de novembro de 1990, no Brooklyn, em Nova York, seu interesse por filmes da década de 1970 à levou a se inscrever na NYU Tisch School of the Arts (Escola de artes cênicas, cinematográficas e de mídia da Universidade de Nova York), onde se formou.
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DaCosta começou sua carreira na direção de filmes com curtas-metragens que chamaram a atenção da crítica e do público. Seu primeiro longa, “Little Woods” (2018), estrelado por Tessa Thompson e Lily James, explorou questões sociais e econômicas em uma cidade pequena, oferecendo uma visão sensível da vida na América rural. “Fiz mestrado e depois comecei a trabalhar como assistente de produção. Eu estava escrevendo meu filme de estreia, o drama policial Little Woods , paralelamente. Então me inscrevi nos laboratórios de diretores e roteiristas do Sundance Institute e entrei. Esse foi realmente o caminho para eu ganhar credibilidade como cineasta“, declarou DaCosta em entrevista para a Harpeers Bazaar.
No entanto, foi com seu segundo filme, ‘Candyman’ (2021), uma sequência do clássico de terror dos anos 90, que Nia DaCosta atraiu ainda mais destaque. Ela trouxe sua perspectiva única para a narrativa, explorando questões de raça e gentrificação por meio do gênero de terror, o que a tornou uma das diretoras mais promissoras do cinema contemporâneo. “Sempre soube que queria fazer filmes de gênero. Adoro terror e thrillers. Mas não pensei que faria um filme da Marvel como meu terceiro filme. Absolutamente não. Mesmo assim, sempre quis fazer um filme da Marvel porque cresci com os quadrinhos da Marvel. Eu só queria que fosse um herói que me entusiasmasse. E eu queria que fosse com pessoas boas”, disse a diretora.
Após entrar no universo da Marvel, DaCosta diz que recebeu diversos conselhos, incluindo um grande apoio de Ryan Coogler, diretor de ‘Pantera Negra’. “Foi o melhor conselho que recebi. Ele disse: ‘Seja você mesma”. Eu estava tipo: ‘Isso não é um conselho, saia daqui’. Depois eu pensei: ‘Ah, ele estava dizendo que não adianta tentar fazer política ou tentar ser algo que você não é. Eles escolheram você por causa de quem você é. Traga isso para a mesa”, relatou a profissional.
“O que aprendi trabalhando em ‘As Marvels’ é que confiança, comunicação e deixar o ego ficar em segundo plano são partes importantes do processo de direção. Assim como ser honesto com o que você não sabe“, relatou DaCosta. “O que é realmente legal sobre a Marvel é que, assim que você consegue o emprego, eles dizem: “Vá ligar para todos os outros diretores de filmes da Marvel. Faça perguntas a eles. Recebi ótimas orientações. Todo mundo foi tão generoso”.
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