Um ano após o falecimento de Emanoel Araújo aos 81 anos, uma parte significativa de sua extraordinária coleção está em exposição, em São Paulo. A coleção, considerada uma das maiores da América Latina, está agora em exibição na casa leiloeira Bolsa de Arte, e em breve será leiloada no mesmo local, entre os dias 25 e 28 de setembro.
Conforme o desejo expresso pelo fundador do Museu Afro Brasil em seu testamento, os fundos gerados com o leilão serão destinados aos seus cinco irmãos e funcionários próximos.
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A exposição revela uma seleção impressionante de cerca de 1.500 peças escolhidas a dedo de um acervo que abrange quase 5.000 itens. Essas obras de arte abraçam 400 anos de história, desde uma pintura do século XVI de autoria do italiano Nicolò Frangipane até um quadro do modernista baiano Carlos Bastos. Além das pinturas, a coleção inclui esculturas, santos, joias, moedas antigas, louças e até móveis que faziam parte do ambiente íntimo de Emanoel Araújo.
“Esta coleção é notavelmente eclética, mas com um foco inequívoco na autoria e na temática negra”, destacou o diretor da Bolsa de Arte, Jones Bergamin em entrevista para a Veja SP.
Algumas das peças serão leiloadas sem um valor mínimo estipulado, e a possibilidade de vender toda a coleção em um único lote está sendo considerada para preservar sua coesão. “Essa é uma vontade compartilhada entre a equipe da Bolsa de Arte, o inventariante e os visitantes da exposição, como a renomada artista Adriana Varejão”, comentou Bergamin.
Em publicação nas redes sociais da galeria, um trecho do texto de apresentação da coleção, escrito pelo médico, colecionador e curador Ademar Britto, destaca que Emanoel Araújo “foi um dos maiores colecionadores e ao mesmo tempo doador de obras de arte e objetos da história recente da arte brasileira”.
Vale destacar que as obras de autoria de Emanoel Araújo não serão leiloadas; elas serão doadas ao Museu Afro Brasil, em consonância com o desejo do colecionador.
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