Na manhã desta quinta-feira, 13, o Sindicato dos Atores (SAG) realizou uma votação unânime em Los Angeles, decidindo pela greve dos atores de Hollywood. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa. Ontem à noite, o sindicato encerrou as negociações que vinham ocorrendo há semanas com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), uma organização que representa empresas como Netflix, Amazon, Apple, Disney, Warner, NBC Universal, Paramount e Sony. A greve entrará em vigor a partir da meia-noite desta sexta-feira.
As demandas dos atores e roteiristas incluem reivindicações por remuneração ajustada pela inflação, pagamentos por ganhos residuais (como reprises ou obras destinadas a novas plataformas de streaming) e a solicitação de encomendas de séries com temporadas mais curtas, além da regulação da inteligência artificial.
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O momento é histórico, pois a última greve de atores ocorreu em 1980, e a última paralisação conjunta foi em 1960. A ação afetará tanto grandes produções como produções de menor porte, além de impactar as premiações e as estratégias de marketing de filmes como ‘Barbie’ e ‘Oppenheimer’, lançamentos mais aguardados do mês de julho.
A atriz Issa Rae, do filme ‘Barbie’, manifestou seu apoio à greve por meio das redes sociais. O Sindicato dos Atores representa mais de 160 mil profissionais nos Estados Unidos. Durante a greve, os profissionais estarão proibidos de realizar qualquer trabalho ou divulgação de imagens.
“O que está acontecendo conosco está acontecendo em todos os campos de trabalho”, disse Fran Drescher, atriz presidente do SAG. “Quando os empregadores fazem de Wall Street e da ganância sua prioridade, e se esquecem dos colaboradores essenciais que fazem a máquina funcionar, temos um problema, e estamos passando por isso neste exato momento. Esta é uma hora muito seminal para nós. Entrei pensando seriamente que poderíamos evitar uma greve. A gravidade dessa mudança não passou despercebida por mim ou por nosso comitê de negociação, ou por nossos membros do conselho, que votaram unanimemente para prosseguir com uma greve. É uma coisa muito séria que afeta milhares, senão milhões de pessoas em todo o país e ao redor do mundo”.
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