Nesta última segunda-feira (19) a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou a lista sêxtupla com os seis candidatos para a vaga de Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), destinada à advocacia. Essa vaga foi aberta devido à aposentadoria do ministro Felix Fischer. Todos os escolhidos são brancos, numa ampla maioria masculina: Daniela Teixeira, Luís Cláudio Chaves , Luiz Cláudio Allemand, Otávio Luiz Rodrigues Junior, André Godinho e Márcio Fernandes.
A escolha dos 6 nomes foi criticada pela ausência de profissionais negros. “Este é o retrato das escolhas que a OAB fez para compor a lista tríplice do STJ. Muito temos visto na imprensa sobre a discussão da escolha de uma mulher negra para o STF, mas as discussões sobre os demais tribunais parecem se diluir entre os interesses, as amizades e os esquecimentos e apagamentos que o racismo provoca e perpetua“, lamentou Ilka Teodoro, advogada, ativista e ex-administradora do Plano Piloto de Brasília.
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Após ser encaminhada ao STJ, a lista será reduzida a três nomes, formando uma lista tríplice. Em seguida, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a escolha de um novo ministro ou ministra, que precisará ser aprovado(a) por maioria absoluta no Senado, após passar por uma sabatina. “Lamento estarrecida que tenhamos perdido a oportunidade de fazer história fazendo chegar uma mulher negra e do gabarito de Núbia Bragança à lista sêxtupla da OAB“, publicou Ilka através de suas redes sociais. “Muitos homens, uma totalidade de gente branca e e seguimos nessa toada de uma nota – e uma cor – só”.
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