O curta “TIA CIATA”, dirigido por Mariana Campos e Raquel Beatriz, narra a história de Hilária Batista , mais conhecida como Tia Ciata. Nascida na Bahia ela se tornou conhecida no Rio de Janeiro, na atual Praça XI, no início do século XX. Com apenas 22 anos se estabeleceu na cidade como líder comunitária, religiosa e empreendedora.
A casa da Tia Ciata foi um verdadeiro núcleo de resistência cultural, servindo de ponto de encontro para vários grupos que difundiam e mesclavam ritmos e costumes, sendo o lugar responsável pelo desenvolvimento e consolidação do Samba no Brasil.
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Mesmo tendo um papel fundamental na construção da cultura nacional, como a conhecemos hoje, Tia Ciata não é protagonista nos registros históricos do Brasil, e Mariana Campos acredita que ela não é a única: “Assim como ela, tantas outras mulheres negras que foram fundamentais na construção da identidade nacional e tiveram suas trajetórias invisibilizadas, uma vez que vivemos em um país marcado pelo machismo e por um racismo estrutural que atravessa gerações”, comenta a diretora.
O filme traz depoimentos de mulheres negras que são referências na luta contra o racismo e pela visibilidade do protagonismo feminino negro em diferentes áreas de atuação. São elas: a escritora Conceição Evaristo, a filósofa e escritora Helena Theodoro, a historiadora Giovana Xavier, a pesquisadora de cinema negro brasileiro Janaina Oliveira, a atriz Angela Peres, as cantoras Marina Íris e Nina Rosa, a bisneta de Tia Ciata Gracy Mary e Ialorixá Mãe Beata de Iemanjá.
O filme foi selecionado para o “Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul” e exibição acontece no dia 31 de agosto, às 21h, no Cine Odeon, Rio de Janeiro. A classificação é livre, com entradas a 6 reais inteira e 3 reais a meia.
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