A Câmara Municipal de Florianópolis rejeitou o título de cidadão honorário ao cantor Gilberto Gil, na última terça-feira (14). Foram oito votos favoráveis, seis contrários e duas abstenções. Para aprovação é preciso reunir no mínimo 12 votos.
Esta é a segunda vez que os vereadores rejeitam o título ao Gil. Em 2020, a iniciativa foi aprovada na primeira votação, mas a proposta não teve a maioria absoluta.
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Além de ser vencedor do Grammy, Gilberto Gil ocupa uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, é embaixador da ONU (Organização das Nações Unidas) e foi nomeado como “Artista pela Paz” pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
O título homenageia pessoas não nascidas em Florianópolis, mas que prestaram serviços relevantes não só à cidade, mas à humanidade. Mas o vereador Gilberto Pinheiro (Podemos), disse que a honraria serviria como “incentivo ao uso de entorpecentes” na cidade, em referência ao dia em que o cantor foi flagrado com maconha e preso no centro de Florianópolis, em 1976.
No período da ditadura militar, a legislação ainda não reconhecia uma pessoa como usuária de maconha, apenas como traficante ou viciado. Sob orientação do advogado, o cantor na época se declarou como viciado e foi condenado a um ano de prisão. Depois o juiz substituiu por uma internação em hospital psiquiátrico. Gil ficou internado por um mês e manteve acompanhamento médico a cada 10 dias até o cumprimento da pena.
No dia 26 de março, o cantor Gilberto Gil vai se apresentar na Maratona Cultural em comemoração ao aniversário da cidade. A proposta dos vereadores Carla Ayres (PT) e Afrânio Boppré (PSOL) era prestar uma homenagem ao músico durante sua passagem.
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