Aline Midlej, jornalista referência para meninas e mulheres negras, assume nesta segunda-feira (5) o comando do ‘Jornal das 10‘, o mais importante telejornal da GloboNews, até então comandado pelo âncora Heraldo Pereira que vai assumir o noticiário político do Bom Dia Brasil.
A jornalista entende o significado da nova empreitada. “Uma conquista que carrega grande responsabilidade. Foram muitos anos dando “bom dia” aos assinantes, levando mesmo nas notícias mais duras com alguma leveza e o máximo de humanidade, principalmente nos meses de pandemia. O primeiro período na GloboNews foi de amadurecimento de um estilo, próximo e espontâneo, que espero aprimorar ainda mais no ‘J10“, diz.
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Confira a entrevista de Aline Midlej.
Quais suas memórias de grandes coberturas ou momentos especiais do J10?
Foram muitas marcantes, mas destaco diferentes momentos do jornal ao longo desses 25 anos. No fatídico 11 de setembro de 2001, a cobertura que o J10 fez do ataque terrorista às torres gêmeas foi icônica. Todo mundo lembra o que estava fazendo naquele dia. Eu ainda era uma estudante de pré-vestibular e não desliguei da GloboNews o dia inteiro. Em 14 de maio de 2018, a notícia do assassinato da vereadora Marielle Franco apareceu no J10 daquela noite. No 30 de junho de 2019, o jornal transmitiu o encontro de Donald Trump e Kim Jong-um – era o primeiro presidente americano a entrar na Coreia do Norte. Mais recentemente, em 4 de maio, dia da morte do ator Paulo Gustavo pela covid-19, que foi confirmada durante o J10 daquela noite.
Como você encara a responsabilidade de assumir o jornal mais antigo da GloboNews?
Uma mistura de sentimentos intensos. Gratificação, honra e aquela ansiedade pré-estreia. Acima de tudo, o gosto bom de um reconhecimento que honrarei diariamente.
Como você pretende contribuir com o J10?
O mestre Heraldo Pereira deixa um legado de credibilidade. Espero engrandecer essa força, agregando dinamismo e leveza na comunicação dos fatos mais importantes do dia. Que os assinantes terminem o dia com os faros mais encaixados na mente, e doses de esperança no coração.
Quais novidades o telespectador pode esperar com a sua chegada no jornal?
Há um desejo de me conectar para além da vivência em estúdio. Estar mais perto das pessoas e histórias que compõem aquele momento que atravessamos. Para isso, quero manter uma rotina de gravações externas, reportagens que tragam perspectivas diferentes e mais próximas dos assinantes. Para a semana de estreia, passei uma manhã na Fiocruz com um dos maiores cientistas do país e um dos grandes nomes mundiais da vacina. A missão é falar sobre o patrimônio humano por trás de cada agulha que tem levado esperança para os braços dos brasileiros neste momento da pandemia.
Assim como o J10, a GloboNews está completando 25 anos em 2021. O que representa essa marca e a relevância do canal e do jornal para o público?
A GloboNews já tinha o topo do pódio como marca e veículo de notícias antes da pandemia. A emergência sanitária referendou isso, mais uma vez. Informação clara, bem apurada e analisada tem ajudado a preservar vidas. E as discussões do pós-pandemia ganham um lugar cada vez mais importante na nossa programação, em especial neste 2021, quando o canal completa 25 anos e se coloca no papel de intermediar ideias em prol de um Brasil mais unido e justo para todos. O ‘J10’ se colorará nessa missão todas as noites.
O ‘Jornal das 10’ vai ao ar diariamente, sempre ás 22h.
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