Uma pesquisa feita nos EUA afirma que mulheres negras com penteados crespos naturais, incluindo cachos, twists ou tranças, têm menos probabilidade de conseguir entrevistas de emprego do que mulheres brancas ou negras com cabelos lisos.
A pesquisa foi revelada pela CNN americana e deve ser publicada no jornal Social Psychological and Personality Science na próxima semana. O estudo foi realizado pela Fuqua School of Business da Duke University.
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“Após o assassinato de George Floyd e os protestos seguintes, muitas organizações se concentraram em táticas para ajudar a erradicar o racismo nos níveis sistêmico e estrutural”, disse a pesquisadora Ashleigh Shelby Rosette, professora da universidade onde foi realizada a pesquisa.
“Mas nossos preconceitos mantidos individualmente frequentemente precedem o tipo de práticas racistas que se tornam incorporadas e normalizadas dentro das organizações”, acrescentou ela.
A CNN relatou que os estudos envolveram centenas de participantes de diferentes raças, que foram solicitados a selecionar potenciais candidatos a empregos da mesma forma que os recrutadores, dando-lhes uma pontuação por competência, profissionalismo e outros fatores, com base em perfis falsos do Facebook e LinkedIn.
Os pesquisadores disseram que os participantes deram às mulheres negras com cabelos naturais pontuações mais baixas em competência e profissionalismo e não as recomendaram para entrevistas com tanta frequência, em comparação com mulheres negras com cabelos lisos, mulheres brancas com cabelos lisos ou mulheres brancas com cabelos cacheados.
Em uma ocasião, dois grupos foram solicitados a avaliar a mesma candidata negra a um emprego. Um grupo viu uma foto da candidata com cabelos naturais, enquanto o outro viu uma imagem dela com cabelos lisos. O último grupo deu à candidata uma pontuação mais alta em profissionalismo e recomendou-a com mais ênfase para uma entrevista.
A CNN relatou que os resultados variavam de acordo com área de trabalho. Candidatas negras enfrentaram discriminação quando selecionadas para cargos em consultoria de gestão, mas foram menos discriminadas para cargos em publicidade. “Isso pode ser porque a publicidade é vista como uma indústria mais criativa do que a consultoria com normas de vestimentas menos rígidas”, disse o comunicado sobre a pesquisa
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