Após os tristes e revoltantes acontecimentos nas últimas semanas, milhares de pessoas foram às ruas e muitas outras se mobilizaram online contra a violência policial que segue matando negros em diferentes lugares do mundo.
No Brasil, a morte do adolescente João Pedro foi o estopim para levantar uma onda de insatisfação com as recorrentes operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro.
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Nos EUA, o assassinato de George Floyd gerou a mesma revolta, porém com respostas diferentes partindo da população.
Enquanto no Brasil as respostas vieram através das redes sociais, com textos expondo a violência policial, desenhos de todas as crianças mortas pelas mãos dos seguranças do Estado e cobranças nas redes de TV.
Nos EUA, no dia seguinte do assassinato do ex-segurança negro pelas mãos de policiais brancos, as ruas de Minneapolis já estavam cheias de manifestantes, que atearam fogo na delegacia da cidade.
Os protestos se espalharam por diversas cidades dos EUA, e ganharam forças até mesmo em outros países.
A população acordou para cobrar os culpados pelos crimes que há anos vem sido cometidos, porém, são silenciados.
Na última terça-feira (2), as redes sociais foram tomadas por imagens de fundo preto, onde as pessoas reafirmavam seus posicionamentos e se declaravam antirracistas.
A divulgação de perfis e procura por influenciadores, pesquisadores e ativistas negros aumentaram.
E mobilizações como essas geraram muitos debates. Até onde os brancos que aderiram o #blackouttuesday estão dispostos a ir em uma luta antirracista?
Será que os últimos acontecimentos era o que faltava para que eles percebessem a gravidade do racismo no país? Estão dispostos a mudarem seus hábitos diários na intenção de construir uma sociedade antirracista, ou somente aproveitaram o engajamento da mobilização para se autopromover?
No Brasil o racismo está presente nas escolas, empresas, mídia e nos ambientes mais inusitados possíveis, o Brasil ainda não é um país seguro para negros, e de que forma podemos mudar isso?
Os influenciadores negros no Brasil não são tão valorizados quanto os influenciadores brancos, independente do conteúdo apresentado.
As mulheres negras ainda lideram o cargo de empregadas domésticas e serviços gerais e representam menos de 1% em cargos de liderança em grandes empresas.
Negros representam mais de 60% de desempregados no país. E são maioria também nos trabalhos informais.
De que forma os brancos antirracistas estão dispostos a mudar a realidade da população negra brasileira, atrasados e prejudicados diretamente pelo racismo do país?
No podcast da semana a estudante de jornalismo @Gabyfeerraz fala sobre as sutis consequências do racismo no Brasil, e como o branco pode ajudar na atual luta antirracista que ganhou força na internet nos últimos dias.
As consequências do racismo no brasil e como o branco pode ajudar na luta antirracista
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