Escravidão contemporânea

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Escravidão contemporânea
Capa da pesquisa da OTI: Escravidão Rural no Brasil é negra

“Perfil dos principais atores envolvidos no trabalho escravo rural no Brasil”. Este é o título do levantamento feito pela Organização Internacional do Trabalho (OTI), divulgado no dia 25 de outubro deste ano.

Infelizmente escravidão não está num passado tão distante quando se pensa. Cerca de 40 mil pessoas foram liberadas nos últimos seis anos trabalhando em situações semelhantes à escravidão. Este estudo da OTI mostra que 50% deste grupo são compostos por homens com média de 30 anos de idade e migrante do Nordeste. 80% deles são afro-descendentes.

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A análise da organização foi realizada com a finalidade de subsidiar políticas públicas que possibilitem avanços para uma definitiva abolição do trabalho escravo por meio de projetos que incluam ações de repressão e prevenção da escravidão no país. Os resultados adquiridos servirão para orientar a elaboração de campanhas educativas e para o controle do tráfico de trabalhadores submetidos à escravidão contemporânea.

Os dados contribuirão ainda como base para o desenvolvimento de estratégias de reinserção dos trabalhadores resgatados em seus locais de origem. Serão pesquisadas alternativas para oferta de trabalho e renda, mecanis¬mos de acesso a terra e apoio à agricultura familiar.

Pesquisa realizada entre 2006 e 2007 pelo Ministério de Trabalho e OTI mostra que os estados do Mato Grosso, Pará, Bahia e Goiás encontram no topo da lista de denúncias de trabalho escravo.

Para a OIT, os negros estão mais vulneráveis a situações de trabalho escravo do que brancos devido à situação de miséria a que, muitas vezes, estão expostos. A falta de oportunidades em empregos decentes para pes¬soas que não possuem qualquer qualificação profissional e a relativa fragilidade das redes de proteção social as obriga a aceitarem condições precárias de trabalho em locais onde sua dignidade e liberdade são violentadas.

O estudo completo está disponível gratuitamente para download no site da OTI (clique aqui para baixá-lo)

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