Um tapa. Foi o que bastou para que Will Smith fosse considerado culpado. O grande crime? Reagir a uma piada infeliz e inoportuna sobre a alopecia de sua esposa.
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A internet foi tomada de discussões sobre limites do humor, encabeçada por figuras conhecidas justamente por ofender grupos minoritários com suas “piadas”, rolaram até projeções de traumas de feministas brancas alegando que ele poderia vir a ser agressivo com sua esposa no futuro, tudo isso por um único ato isolado.
Como resultado Netflix e Sony Pictures engavetaram dois dos projetos de seus projetos: “Fast and Loose”, uma grande aposta da Netflix, e o quarto filme da franquia “Bad Boys” onde além de estrela Will é produtor.
Smith se desculpou publicamente e se demitiu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas; de acordo com o tabloide britânico The Sun, dias após o incidente ele foi internado numa clínica de reabilitação para se recuperar do estresse por seu trabalho no filme “King Richards”. Ah, o ator também foi banido por dez anos de frequentar o Oscar, mesma cerimônia que premiou James Toback (acusado de assediar mais de 300 mulheres) e Roman Polanski, condenado por estupro. Entre diversos outros nomes…
O caso de Will é só mais um que evidencia o quanto pessoas negras são sempre punidas desproporcionalmente por seus erros e deslizes, enquanto pessoas brancas tem como benefício o passe da dúvida, do perdão e da possibilidade de redenção.
Smith, que é um dos atores negros mais bem-sucedidos da história, agora tem sua trajetória manchada não por um “erro”, mas pela opinião pública que apenas esperou o mínimo desvio para categorizá-lo como raivoso e agressivo.
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