Um dos filmes mais aguardados do ano, ‘A Mulher Rei’ estreia dia 22 de setembro no Brasil. Contando a história das Agojie, uma força de elite de guerreiras, constituída unicamente por mulheres que protegiam o Reino Africano do Daomé no século 19, a obra foi inspirada em fatos verídicos e traz Viola Davis no papel principal, dando vida à general Nanisca. Para a construção do longa, parte das gravações aconteceram na África do Sul. “Foi a alegria da minha vida”, disse Viola sobre sua presença no país.
“Me senti em casa. Casa para mim é o meu marido e a minha filha, a minha mãe. Mas o lar também é uma comunidade da qual me sinto parte, uma comunidade onde nem sempre estou me escondendo e justificando minha presença“, continuou Davis, relatando a emoção e a conexão com o local. “Lá, eu senti como se tivesse brotado daquele chão. Me senti parte daquela gente. Me senti parte da terra, do céu. Eu me senti em casa. E eu não acho que você possa recriar isso em um estúdio. Acho que essa história é muito preta e muito africana.”
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‘A Mulher Rei‘ se passa numa época em que o Reino do Daomé era economicamente dependente da sua participação no comércio transatlântico de escravos. O filme retrata um período da história em que o rei teve a oportunidade de ouvir aqueles que se colocavam contra contra o comércio de escravos e a favor de explorarem um caminho alternativo para a prosperidade. “Vi na Nanisca um ser humano completamente realizado e uma mulher que estava aproveitando totalmente a sua força”, relata Viola através do material de imprensa. “Eu amo a força física dela e me vi naquilo.”
A cultura do Daomé, que valorizava a significância das mulheres, contava com uma organização social única e incrivelmente progressiva para a época, em que todos os cargos oficiais eram ocupados tanto por um homem quanto por uma mulher. “Fiquei impressionada com as fotos das guerreiras reais, as descrições das testemunhas oculares acerca das suas habilidades”, disse Dana Stevens, roteirista do longa. “Essa história não é muito conhecida – há tantas culturas que negligenciamos e não retratamos nos filmes. Essa era a chance de contar uma história verídica e épica sobre essas mulheres excepcionais.”
“Senti que A Mulher Rei era uma história importante, porque me vi nela”, afirmou Viola Davis, que também é produtora do filme. “Eu vi a minha feminilidade nela. Vi a minha escuridão nela. Vi uma parte muito importante da história nela. Eu sempre digo que qualquer parte da história é importante, mesmo as menores partes. E acho que é uma história pela qual o mundo está faminto.”
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