Vendedora acusa criança negra de roubo em shopping de Belo Horizonte, MG

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Vendedora acusa criança negra de roubo em shopping de Belo Horizonte, MG
Foto: Reprodução TV Globo

Uma família de Belo Horizonte, MG, acusa a vendedora de uma loja no Shopping Del Rey, de ter cometido racismo contra as filhas deles, uma criança de nove anos uma jovem de 23. Segundo a família, a criança negra e a irmã mais velha foram à loja All Mini para comprar prendedores de cabelo e quando a mais nova se dirigiu ao caixa para pagar pelas compras, teria sido acusada de roubo por uma funcionária.

Ao sair da loja, elas encontraram os pais nos corredores do shopping e contaram o que havia acontecido. Ao voltar à loja para esclarecer o assunto e mostrar a nota fiscal, uma funcionária do estabelecimento teria acusado a criança de furto. 

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“O tempo inteiro elas foram vigiadas, a minha filha comprou um item no valor de R$ 8 e foi pago em dinheiro. Ela esperou minha filha pagar, abordou a minha filha na frente dos clientes, constrangeu a minha filha e falou com ela: ‘Você é ladra, você está roubando. Você está pegando joias da loja e colocando na mochila’’ Minha filha não estava com mochila e a loja não tem joias”, contou a mãe das meninas em entrevista para o G1.

A mãe ainda contou que pediu para ver as imagens das câmeras, mas a funcionária se recusou a mostrar e continuou acusando a criança de roubo. “Eu questionei. ‘Quero saber o que aconteceu. Minha filha é menor, como vocês abordaram? Como tem câmera na loja, me apresente esse vídeo, o momento exato que a minha filha estava furtando’. A funcionária começou a rir da minha cara e respondeu: ‘Não vou mostrar nada, não. Aquela menininha é ladra’. Falou na minha cara”, disse.

Durante a confusão, o pai da criança, um policial penal, sacou uma arma e os seguranças do shopping e a Polícia Militar foram acionados e todos foram levados para a delegacia. O caso foi registrado como calúnia, mas família discorda e afirma se tratar de racismo. 

“Primeiro, trata-se de crime de racismo, que vai contrário ao boletim de ocorrência que foi feito. Mexeu com parte da sociedade é que maioria da população brasileira. E por uma situação que não se desenhou como crime de calúnia, como consta no boletim de ocorrência. No mínimo, é um crime de injúria racial” , afirmou o William Santos, advogado da família.

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