Em uma entrevista para o jornal inglês, The Times, o ator Morgan Freeman (85), fez críticas ao uso do termo “afro-americano” e ao “Mês da História Negra”, celebrado nos Estados Unidos durante todo mês de fevereiro. “O Mês da História Negra é um insulto. Você vai relegar minha história a um mês?”, teria dito o ator.
Em outro trecho da entrevista, que tinha como objetivo divulgar o filme “A Good Person”, lançado no final de março nos EUA, o ator afirmou que o uso do termo “afro-americano” é um “insulto”: “Também ‘afro-americano’ é um insulto. Não concordo com esse título. Os negros tiveram títulos diferentes desde então e não sei como essas coisas pegam tanto, mas todo mundo usa ‘afro-americano’. O que isso realmente significa? A maioria dos negros nesta parte do mundo são mestiços. E você diz África como se fosse um país quando é um continente, como a Europa.”
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Morgan contou que Sidney Poitier foi uma inspiração para ele enquanto crescia. “Falei com Sidney há muito tempo. Ele disse: ‘Eu queria ser como você’.” O ator, que só começou a ganhar papéis de destaque aos 52 anos, ainda confessou que o homem que ele gostaria de ser é Denzel Washington. “Porque ele está fazendo o que eu queria fazer.”
Freeman destacou os avanços que grupos minorados têm conquistado nas telas. “Geracionalmente, porém, acho que estamos avançando aos trancos e barrancos… LGBTQ, asiáticos, negros, brancos, casamentos inter-raciais, relacionamentos inter-raciais. Todos representados. Você vê todos eles na tela agora e isso é um grande salto.”
As falas do ator sobre questões raciais costumam causar polêmica desde que um vídeo de 2009, editado, passou a ser usado como justificativa para deslegitimar a luta contra o racismo. Na entrevista daquele ano, o ator diz “que a questão do racismo era simplesmente pararmos de nos tratar por bancos ou negros e sim por quem somos, pessoas, cada uma com sua identidade”.
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