Consciência entre urgências:
O estudo que foi liderado por Joyce Prestes e Rodrigo Maceira – ambos do Google – em parceria com o Instituto Datafolha e a Mindset-WGSN, tem por objetivo debater as 5 maiores urgências e realidades da população negra do Brasil – país composto por quase 60% de população preta ou parda.
“Mais do que cor, ser negro é uma identidade”.
Notícias Relacionadas
Governo lança plano inédito para comunicação antirracista e fortalecimento das mídias negras
Deputado Pastor Henrique Vieira critica onda de violência policial no Brasil: "Fracasso ético civilizatório"
“Meu nome não é Liniker à toa”, cantora celebra conquistas históricas no Prêmio Multishow 2024
Segundo a pesquisa, há uma diferença de entendimento entre os termos preto e negro. As pessoas tendem a se declarar mais como negras do que como pretas. Essa identificação é maior entre os jovens de 16 a 24 anos.
“Celebrando a História”
91% dos entrevistados acredita que o dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra – é uma data importante para manter vivos heróis e heroínas da população negra.
As 5 prioridades destacadas pelo estudo são: Inclusão no Mercado de Trabalho, Racismo Institucional e Estrutural, Feminismo Negro, Genocídio e Políticas Afirmativas.
Inclusão no Mercado de Trabalho
- A população negra representa 65% dos desempregados do Brasil;
Racismo Institucional e Estrutural
- Essa pauta é 1.7x mais importante para jovens de 16 a 24 anos do que para pessoas com mais de 60 anos;
- 7 entre 10 pessoas negras não se sente representadas pelo governo;
- As classes D e E consideram mais importante votar em candidatos negros do que as classes A e B.
Feminismo Negro
- 66% de todas as mulheres assassinadas em 2017 eram negras;
- A mulher negra ganha 55% do salário do homem branco;
Genocídio
- A cada 23 minutos um homem negro é assassinado no Brasil;
- Em 2017 75,5% das vítimas de homicídios eram pessoas negras;
Políticas Afirmativas
- A preocupação com a existência de políticas afirmativas é maior entre os homens;
O estudo destaca também a ausência de diversidade e representatividade na publicidade: 68% dos entrevistados afirmam que que não são representados pelas marcas em geral.
Além disso, os especialistas trazem 4 dicas de como as marcas podem contribuir para uma maior inclusão e representatividade:
- Protagonismo Negro;
- Comportamento vigilante positivo;
- Cultura revisitada;
- Equipe diversa e inclusiva;
Para ver o estudo na íntegra, CLIQUE AQUI.
Com essas informações importantes que detalham as características da comunidade negra brasileira, não há mais desculpa para não pensar em ações afirmativas e antirracistas, que são imprescindíveis para a mudança do cenário apresentado.
Notícias Recentes
Brasil reduz pobreza em 2023, mas desigualdade racial ainda é alarmante
Governo lança plano inédito para comunicação antirracista e fortalecimento das mídias negras