Ser livre é algo recente na história das pessoas não brancas do Brasil, terra que manteve pessoas negras escravizadas por quase 300 anos e as libertou a menos de 150. Nós, mulheres negras, vivemos e resistimos ao machismo dos homens e o racismo das pessoas brancas. Apesar de lutar contra essas opressões, que aumentam dependendo da sua classe social, orientação sexual, origem e número do manequim, nós resistimos e muitas de nós apesar de tudo nos permitimos ser feliz.
Uma postagem sobre mulher negra e felicidade viralizou no final de semana aparecendo no perfil de gente famosa como Taís Araújo e Iza. “Uma mulher negra feliz é uma ato revolucionário” é uma frase da escritora e ativista Juliana Borges e virou uma obra de arte feita em neon chamada Luz Negra. Feita pela Mestranda em Poéticas Visuais, Mônica Ventura, a peça tem 3,3 x1.5m e está disponível no estande da NAMI na ArtRio nº 20.
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“A frase é fruto direto de um período da minha vida em que uma mana preta, do outro lado do Atlântico, foi bem importante no conforto às minhas dores. E ela sempre dizia que ser feliz, pra nós, é revolução. Daí, desenvolvi a frase. Ou seja, não a considero apenas minha, mas fruto do fazer em existência e formulação enquanto troca de mulheres negras. Ou seja, uma frase fruto da nossa experiência, enquanto grupo”, explicou Juliana que usou essa frase como um título em um dos seus artigos para a revista Carta Capital.
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