Localizado na Barra da Tijuca, o Bar do Mussum, aberto por Sandro Gomes, filho do humorista Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, é um espaço que celebra a memória e o legado de seu pai resgatando a história e as preferências culinárias do lendário artista. Em entrevista para o MUNDO NEGRO, Sandro contou como surgiu a ideia desse projeto especial e compartilhou detalhes sobre o cardápio cuidadosamente elaborado que tornou o local uma emocionante homenagem, proporcionando aos visitantes uma experiência inesquecível que une gastronomia e memória.
O espaço inaugurado no final de maio oferece um cardápio variado que traz o “arroz sambadis”, uma receita criada por Mussum e que o ator servia em casa, para a família. No bar, o prato é feito com arroz e ovos amanteigados e servido com um filé grelhado com molho de cogumelos, agora, o prato carregado de memória afetiva poderá ser saboreado pelos clientes do Bar do Mussum.
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Além disso, o bar serve petiscos “pra dar aquela beliskadis”, como a tradicional porção de frango à passarinho e “Iscas de Filé Flambadis no Conhaque”, “Aipim cozido na manteiga de garrafa”, “barriga de porco com molho de goiabada” e outras opções saborosas. Além de entradinhas que fazem referência à carreira musical de Mussum, como o “Ceviche Mangueirense” e pratos à la carte como a costela suína com molho de goiabada.
MN – Em que momento surgiu a ideia de criar um bar em homenagem ao seu pai?
Sandro Gomes: É um projeto que já tem mais de 10 anos, surgiu em 2011, junto com a ideia de criar a cervejaria. Acabamos decidindo avançar primeiro com as cervejas para depois criar os bares onde a experiência ficaria completa. A Cacildis [cerveja lançada por Sandro em homenagem a Mussum] felizmente é um sucesso, está completando 10 anos agora em 2023, está presente em todo o país e no exterior, cumprindo a missão que desenhamos lá atrás – arranjar uma forma de trazer o Mussum de volta pro dia a dia, pra casa e pra vida das pessoas, onde ele sempre esteve. Agora, já estava mais que na hora do projeto do bar ganhar vida e finalmente reunimos as condições necessárias pra fazer da forma e com a qualidade que queríamos – à altura do homenageado.
MN – Quais pratos eram os favoritos de Mussum?
SG – Meu pai curtia tudo, mas sempre dava preferência pra uma bela rabada, moqueca ou feijoada.
MN – No bar, as comidas e bebidas servidas fazem referência ao que Mussum gostava?
SG – Sim, tudo no bar foi inspirado nele e homenageia ele. De pessoas e lugares que faziam parte da vida do Mussum, passando por pratos e drinks preferidos e até as coisas que ele gostava de fazer lá em casa, como o “arroz sambadis” que reproduzimos no nosso cardápio e que é uma receita dele. Dos petiscos, aos pratos ou sobremesas, tudo tem um toque pessoal do Mussum.
MN – Como foi feito o registro do que o Mussum gostava na culinária e com relação às bebidas para a construção do cardápio? Foi preciso perguntar para amigos e familiares ou são lembranças que você mesmo tinha sobre ele?
SG – É um misto das duas coisas. Tenho uma enorme memória afetiva de muitas coisas que ele gostava e fazia lá em casa e que comíamos juntos, mas também muitas coisas surgiram de papos que tive com a minha mãe e com meu irmão mais velho, o Augusto, durante o processo de desenvolvimento do bar. Nos divertimos e revivemos muitos momentos gostosos relembrando as preferências e manias do meu pai (risos). Tudo no Bar do Mussum foi feito com esse enorme carinho e é muito legal ver o quanto todos reconhecem isso imediatamente ao conhecerem o espaço. É mais uma grande homenagem ao meu pai que começa a ganhar vida.
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