Sim, negros também gostam de viajar e o racismo não dá trégua nem nesses momentos de lazer. Pensando nesse público que ainda enfrenta dificuldades mesmo tendo pode aquisitivo, o projeto Diaspora.Black, um start up negra, quer conectar anfitriões e viajantes para oferecer serviços de hospedagem e experiências afro-centradas em diferentes cidades da diáspora africana.
Se engana quem acha que no mundo virtual a cor não importa quando falamos de turismo. Plataformas de hospedagens que visam ajudar quem prefere ficar hospedado em casas, do que em hotéis e fazem esse “meio campo” entre turistas e anfitriões, têm acumulado denúncias de racismo. Nos EUA, país com uma classe média negra consolidada, se um pessoa de nome tipicamente afro-americano usar Airnbnb, o principal site para buscar acomodações da atualidade, ela tem 16% à menos de chance de ser aceita comparada à um candidato branco, de acordo com um estudo da Universidade de Harvard.
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Muito além de facilitar hospedagens para negros o projeto Diáspora Black, que já possui demanda de cadastro em diferentes cidades de dez países, como França, Itália, EUA, Espanha, Nigéria, Inglaterra, Peru, México e Bolívia, além do Brasil quer que seus clientes compartilhem suas experiências e produzam conteúdo para plataforma, por meio de textos, fotos e vídeos.
“É uma forma de valorizar as produções, o olhar e o saber de cada comunidade, ao mesmo tempo em que difunde o conhecimento sobre a participação de nossos ancestrais na construção social e histórica de cada lugar. Isso inspira outras pessoas a viajar e a reconhecer a trajetória da população negra, fortalecendo suas identidades”, afirma um dos colaboradores da rede, o jornalista Antonio Pita.
Se precisamos de representatividade para nos motivar nada melhor que ver nossos pares desfrutando de tudo de melhor que o mundo oferecer.
Ajude o projeto
Os sócios do projeto convidam a comunidade à contribuir com doações para a implementação e ampliação do projeto. Nessa primeira etapa eles precisam de
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