Nesta quinta-feira (9), a sessão plenária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou um momento histórico ao incluir, pela primeira vez, duas ministras negras: Edilene Lôbo e Vera Lúcia Araújo. As magistradas, que são substitutas na Corte, participaram da sessão devido à ausência dos titulares. O momento histórico foi reconhecido pelos presentes e atraiu uma plateia especial de deputados da bancada negra da Câmara, que fizeram questão de prestigiar a sessão.
“Isso é muito importante, não só a participação igualitária da mulher, mas também a participação igualitária de negros e negras na Justiça Eleitoral. O TSE sempre foi, dos tribunais superiores, o tribunal mais diversificado. É muita alegria isso”, destacou o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. “Quero reiterar minha alegria nessa sessão e dizer que a Justiça Eleitoral vem atuando de forma muito contundente para garantir na política a participação das mulheres, das candidaturas negras”.
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Em setembro de 2023, a ministra Edilene Lôbo, a primeira magistrada negra a ocupar esse cargo na história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Este lugar e esta missão são a um só tempo resultado e ponto de partida de lutas históricas de grupos minorizados para vencer uma herança estrutural de desigualdade de oportunidades que precisa ser superada em nossa nação”, disse a ministra substituta.
À época, em seu primeiro discurso, Edilene enfatizou a importância crucial de o Poder Judiciário adotar uma abordagem sensível às questões de gênero e raça. “Nós, negras, somos apenas 5% da magistratura nacional. Há apenas uma senadora autodeclarada negra, portanto menos de 1% do Senado. São 30 as deputadas federais, o que corresponde a cerca de 6% da Câmara. As mulheres negras ocupam 3% dos cargos de liderança no mundo corporativo, mas 65% das empregadas domésticas no Brasil são negras”, disse ela.
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