Tia Má: Pyong, Babu e o acúmulo de privilégios que não permite que um seja julgado, enquanto o outro, pela aparência é constantemente marginalizado

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Tia Má: Pyong, Babu e o acúmulo de privilégios que não permite que um seja julgado, enquanto o outro, pela aparência é constantemente marginalizado

A jornalista Maíra Azevedo conhecida como Tia Má, usou suas redes sociais nesta terça-feira (17) para compartilhar uma reflexão sobre a sociedade em que vivemos e o que está sendo exposto no reality show Big Brother Brasil 2020, “lá dentro temos uma mostra de como o machismo faz parte do nosso cotidiano. De um lado, Babu, que faz comentários grosseiros, e que já comparou mulheres a um cardápio, o que faz os homens acreditarem que estamos sempre prontas para “o abate”. Já do outro lado, o Pyong, o tipo de assediador que passa imune. Ele se apresenta como engraçado, amigo, mas ao menor descuido feminino se apresenta. Passa a mão, tenta agarrar a força, pega nos seios. Mas depois se desculpa. Exatamente como ocorre no ciclo da violência”.

“Vivemos em uma sociedade machista! Isso é fato, a grande questão é alguém de fato assumir suas posturas que contribuem para os altos índices de feminicídio que assolam o Brasil”, além da nossa sociedade ser extremamente machista ela também é racista e julga o outro por sua aparência, Tia Má relembra isso ao dizer “A grande questão é que em um dos casos, o acúmulo de privilégios não permite que seja julgado, enquanto o outro, pela aparência constantemente marginalizada, basta falar para ser condenado”.

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Leia ao relato completo de Maíra Azevedo (Tia Má): 

Naturalizamos posturas e comentários que objetificam as mulheres e reduzimos a “brincadeiras”. Não existe uma postura mais ou menos machista, mas é fundamental analisar comportamentos e atitudes que são criminosas.
Agora, vamos ao #bbb e lá dentro temos uma mostra de como o machismo faz parte do nosso cotidiano. De um lado, Babu, que faz comentários grosseiros, e que já comparou mulheres a um cardápio, o que faz os homens acreditarem que estamos sempre prontas para “o abate”. Já do outro lado, o Pyong, o tipo de assediador que passa imune. Ele se apresenta como engraçado, amigo, mas ao menor descuido feminino se apresenta. Passa a mão, tenta agarrar a força, pega nos seios. Mas depois se desculpa. Exatamente como ocorre no ciclo da violência. Primeiro a agressão, depois o pedido de desculpas. A cara de “bom moço” facilita a postura tóxica, pois até mesmo a vítima desculpa e acha que tudo não passou de um mal entendido. Um comportamento alimenta o outro, mas ambos devem ser evitados. A grande questão é que em um dos casos, o acúmulo de privilégios não permite que seja julgado, enquanto o outro, pela aparência constantemente marginalizada, basta falar para ser condenado!

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