O Banco Inter causou polêmica nesta quinta-feira (19), ao ser divulgada uma cartilha que consta 14 normas chamada “guia de estilo”, com recomendações de como os funcionários devem se vestir e se cuidar, durante o horário do expediente. Entre as regras, a empresa diz que deve-se evitar a todo custo: “cabelo sujo ou desarrumado”, “barba mal feita e cabelo sem corte” e roupas com bolinhas.
O advogado Thiago Amparo, criticou a postura do banco e aponta o racismo e o classismo contra os funcionários. “Não se iludam: por trás da pretensa neutralidade de se exigir higiene pessoal dos funcionários (algo que ninguém é contra), o banco Inter reforça racismo e classismo. Renova o antigo critério ‘genérico’, comum em empresas no Brasil, de ‘boa aparência’, o que era um codinome para não contratar negros. Pra quem acham que a regra de cabelo curto ou contra ‘cabelo sujo’ se refere?”, aponta.
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Com a repercussão do documento divulgado pelo portal Metrópoles, o banco se manifestou sobre o caso. “O Inter reforça que respeita a individualidade de cada um de seus colaboradores. O material em questão foi revisado e passou por alterações”, diz.
O documento foi enviado por um funcionário. Na lista de condutas, também incluía unhas e sobrancelhas mal cuidadas, maquiagem borrada ou excessiva, “lingerie marcando”, além de sugerir não usar películas de celular quebradas, capinhas sujas ou acessórios e bolsas “velhas”.
“Ainda bem que não trabalho mais no Banco Inter. O nível do absurdo que é desumanizar os trabalhadores dessa forma. Ridículo”, disse uma internauta no Twitter.
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