Uma das estrelas a atuar no remake do filme clássico ‘A Cor Púrpura’, dirigido pelo ganense Blitz Bazawule e baseado no livro homônimo de Alice Walker, a atriz Taraji P. Henson entrou para a lista de ‘Mulheres do Ano’ realizada pela Revista Time. Além de Henson, a tenista Coco Gauff, a cantora Andra Day e a ativista pelo clima Jacqui Patterson também integram a lista anual da publicação.
“Tão orgulhosa e honrada por ser incluída na lista de Mulheres do Ano de 2024 da TIME ao lado de um grupo extraordinário de líderes que lutam por um mundo mais igualitário”, celebrou Taraji P. Henson em suas redes sociais ao compartilhar que estava na lista da Time. No final do ano passado, Henson foi uma das vozes a se juntar ao coro feito por artistas negras que levantaram um importante debate sobre a desvalorização do trabalho de mulheres negras em Hollywood: “Estou cansada de trabalhar tanto, de ser gentil com o que faço e de receber uma pequena fração“, disse. “Estou cansada de ouvir minhas irmãs dizerem a mesma coisa repetidamente. Você fica cansada”, afirmou em entrevista para o podcast de Gayle King.
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A atriz possui 25 anos de carreira e já recebeu uma indicação ao Oscar e quatro indicações ao Emmy, sendo destaque em produções conhecidas mundialmente, como a série ‘Empire’ e o filme ‘O Curioso Casos de Benjamin Button’, além disso, Taraji P. Henson estreou recentemente nos cinemas no filme musical ‘A Cor Púrpura’, no papel da cantora Shug Avery.
“Tenho 53 anos e estou ficando cansada”, desabafou. “E aí vem o desrespeito: se tem um playground onde ninguém quer que você brinque, você vai continuar aparecendo e se machucando?”, questionou a atriz, que investiu em uma produtora e uma marca de produtos veganos para cabelos chamada TPH, que lhe permite ter outros rendimentos.
Taraji P. Henson também é uma voz que ecoa a luta pela saúde mental da população negra. “Temos sete gerações de traumas da escravidão vivendo em nossos corpos e que não conseguimos desvendar”, lembrou a atriz que em 2019 abriu uma organização com objetivo de desestigmatizar doenças mentais na comunidade negra e aumentar o acesso a cuidados especializados.
Conheça as demais mulheres negras a integrar a lista da Time
Coco Gauff
Com apenas 19 anos, a tenista Coco Gauff alcançou o sucesso rapidamente em sua carreira. Ela descreve a intensa emoção de vencer seu primeiro Grand Slam no Aberto dos Estados Unidos e sua determinação em buscar mais conquistas no esporte, afirmando que seu verdadeiro foco está em acumular troféus importantes. Gauff também destaca a importância de sua identidade como mulher negra em um esporte que carece de diversidade e revela a influência de sua avó, uma ativista dos direitos civis. Além disso, ela compartilha sua postura ativa em relação às questões sociais, como seu envolvimento após o assassinato de George Floyd. Gauff encara o futuro com otimismo, reconhecendo que ainda está no início de sua jornada e esperando desempenhar um papel significativo no mundo. Como ela mesma diz: “Ser uma mulher negra, num esporte que não é tão diverso como os outros, definitivamente significa muito para mim.”
Jacqui Patterson
Em 2021, Jacqui Patterson fundou o projeto Chisholm Legacy para atender comunidades historicamente marginalizadas nos Estados Unidos, que enfrentam injustiças sistêmicas agravadas por problemas ambientais. Patterson destaca a importância de abordar a interseção de questões ambientais, pobreza, discriminação racial e desigualdade de gênero, algo muitas vezes negligenciado por organizações sem fins lucrativos tradicionais. Em sua abordagem, Patterson busca seguir o exemplo de Shirley Chisholm, defendendo a união de movimentos sociais diversos. Ela enfatiza a necessidade de os investimentos climáticos do governo americano beneficiarem as comunidades marginalizadas, destacando que questões climáticas estão entrelaçadas com questões de direitos civis, como economia, alimentação, habitação e transporte. Patterson ressalta: “Queremos garantir que estas comunidades não continuem a ser invisibilizadas e esquecidas.”
Andra Day
Andra Day compartilha sua jornada de persistência e autodescoberta, expressando sua luta para apresentar o hino afro-americano “Lift Every Voice and Sing” durante anos, um desejo finalmente realizado no Super Bowl LVIII. Refletindo sobre sua carreira desde o sucesso de “Rise Up”, Day descreve a pressão ao retratar Billie Holiday, um papel que lhe rendeu aclamação e prêmios, mas também afetou sua saúde vocal. Enquanto se prepara para lançar seu segundo álbum, intitulado “Cassandra”, a cantora explora novos sons e ideias, consciente das expectativas dos fãs, mas determinada a seguir sua própria jornada criativa. Como ela mesma coloca: “Talvez eu inspire de forma diferente neste álbum apenas falando sobre minhas experiências. Eu me dei a liberdade de fazer isso”.
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