Sister Rosetta Tharpe, a madrinha do Rock and Roll.

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Sister Rosetta Tharpe, a madrinha do Rock and Roll.
Sister Rosetta Tharpe onstage with her guitar in 1957.

Hoje é dia de rock, bebê! Literalmente. Mas assim como outros gêneros musicais (e tudo) que é de origem negra, o Rock também enfrentou a discriminação até ser aceito popularmente. E se hoje, astros como Elvis, os Beatles ou Rolling Stones, são inspirações para muitos seguidores do gênero, também devemos olhar um pouco melhor para nomes que foram fundamentais para que o Rock chegasse tão longe como chegou hoje. Alguns desses grandes nomes, foram Chuck Berry, Jimmy Hendrix, e ela, Sister Rosetta Tharpe.

Não foi a toa, que Sister Rosetta Tharpe ganhou o título de madrinha do Rock. Uma mulher negra, tocando guitarra em pleno anos 40 nos EUA era algo um tanto quanto polêmico. Nascida em 20 de março de 1915, como ”Rosetta Nubin”, ao longo de sua carreira, ela circulou também entre gêneros como o jazz, blues, R&B, country e gospel (que foi onde começou). Rosetta tocava mandolim na Igreja de Deus em Cristo, acompanhada de sua mãe. Apesar de sofrer críticas por parte da igreja pelo uso de elementos da música secular em suas canções evangélicas, ela conseguiu o feito de ter a primeira música gospel em um Top 10 da Billboard (e fez mais vezes em sua carreira). Foi com canções como This Train e Rock Me, que Rosetta conseguiu levar o gospel para um público que nunca havia ouvido o gênero.

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Placa na Filadélfia indicando onde era a casa da cantora e instrumentista. (foto: Phillyjazz.us)
“That’s All” sendo apresentada por Brittany Howard do
Alabama Shakes, ao lado de Felicia Collins e Questlove

Para se ter uma ideia, sua popularidade foi tamanha que em 1951 ela conseguiu atrair cerca de 25 mil pagantes para o seu terceiro casamento, com o empresário Russell Morrison. A cerimonia foi seguida por um show no Griffith Stadium. Infelizmente, Rosetta precisou parar de se apresentar subidamente em 1970, depois de sofrer um derrame e ter sua perna amputada devido a complicações causadas por diabetes. Em 1973, a artista não resistiu a um segundo derrame e faleceu. Foi enterrada em um tumulo sem identificação no Northwood Cemetery. Só em 2008, um show foi feito para angariar fundos e finalmente uma lapide foi colocada no Tumulo da cantora. No mesmo ano, foi decretado que 11 de Janeiro, seria o dia da Sister Rosetta Tharpe na Pennsylvania. Em dezembro de 2017, foi incluida no Hall da Fama do Rock and Roll, em uma cerimonia que contou com apresentações de Alabama Shakes e Felicia Collins.

“Strange Things Happening Every Day” sendo apresentada por Felicia Collins
na Cerimonia de indução ao Hall da Fama do Rock and Roll

Inúmeros famosos, como Aretha Franklin e Little Richard reconheceram a importância e influência de Sister Rosetta Tharpe em suas carreiras. Em 2007, a cantora country Alison Krauss lançou uma música intitulada ”Sister Rosetta Goes Before Us”, em homenagem a grande pioneira do Rock and Roll. O repertório de Sister Rosetta está disponibilizado nas plataformas digitais, e caso você ainda não conheça o trabalho dela, hoje é um ótimo dia para isso.

Outro fato interessante, é que além de ter vencido barreiras por todos os motivos que já citamos aqui, Sister Rosetta Tharpe também era bissexual. Ela teve um relacionamento com a cantora Marie Knight, e ambas chegaram a trabalhar juntas e fizeram algumas turnês pela Europa entre 1946 e 1951. Marie Knight, faleceu em agosto de 2009.

É Claro que 58 anos de vida não poderiam caber em um texto, então, separamos esse documentário legendado para quem quiser conhecer mais sobre a Madrinha do Rock and Roll.

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