⚠️ Alerta de Gatilho: Este conteúdo aborda temas como suicídio, bullying, racismo e discriminação.

A trágica morte de um adolescente negro, gay e periférico após sofrer ataques homofóbicos e racistas no ambiente escolar continua a gerar debates sobre a responsabilidade das instituições e das famílias. A psicóloga Jeane Tavares, em uma postagem recente, destacou a necessidade de uma responsabilização coletiva, indo além do termo “bullying” para abordar as raízes mais profundas desse sofrimento.

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Jeane Tavares ressalta que o racismo e a violência contra a comunidade LGBTI+ não podem ser simplesmente camuflados como “bullying”. Segundo a psicóloga, tanto a escola quanto os estudantes e os pais devem ser responsabilizados pelo ambiente que permitiu que essa tragédia ocorresse. “Não é um problema individual de saúde mental, mas um processo coletivo de produção de sofrimento que levou à morte de um adolescente negro, gay e periférico”, afirmou Tavares.

A psicóloga reforça que esse caso deve servir como um alerta urgente para todos nós, destacando que a responsabilidade pelo bem-estar dos jovens é compartilhada por toda a comunidade escolar e pelas famílias. Apenas assim será possível prevenir novas tragédias e garantir que todos os estudantes possam viver em um ambiente seguro e acolhedor.

Sobre o Caso

No início de agosto de 2024, um adolescente de 14 anos, negro, gay e bolsista do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, tirou a própria vida após sofrer ataques homofóbicos e racistas por parte de seus colegas. O estudante, que era bolsista do programa ISMART, foi alvo de violência verbal e psicológica, situações que contribuíram para seu profundo sofrimento.

Antes de sua morte, o jovem deixou um áudio que circulou nas redes sociais, no qual culpava os colegas de classe pelo tormento que enfrentou diariamente. A família, em luto, expressou indignação com a falta de apoio da escola, que não ofereceu assistência psicológica ou emocional direta após a tragédia.

Onde buscar ajuda

Se você estiver enfrentando um momento difícil e precisar de ajuda imediata, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está à disposição. O CVV oferece um serviço gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, disponível para qualquer pessoa que precise conversar. Para falar com um voluntário, você pode enviar um e-mail, acessar o chat pelo site ou ligar para o número 188. O atendimento é confidencial e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Além disso, o CVV, em parceria com o UNICEF, disponibiliza um canal de escuta exclusivo para adolescentes entre 13 e 24 anos chamado “Pode Falar”. Este serviço, também anônimo, é voltado para adolescentes que precisam de acolhimento e desejam conversar sobre suas dificuldades. O atendimento pode ser feito via chat online ou WhatsApp. Para mais informações sobre horários de atendimento, consulte o site.

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