O Relatório Mundial de Felicidade de 2024 lançado nesta quarta-feira, 20, traz insights valiosos sobre as tendências de felicidade em todo o mundo, trazendo à tona questões cruciais que afetam diferentes comunidades. Este documento, divulgado para marcar o Dia Internacional da Felicidade das Nações Unidas, é o resultado de análises detalhadas de dados da Pesquisa Mundial Gallup, conduzidas por renomados cientistas do bem-estar.

Especialistas utilizam respostas de pessoas em mais de 140 nações para classificar os países mais ‘felizes’ do mundo. Países do norte da Europa continuam liderando o ranking da felicidade. Pelo sétimo ano consecutivo, a Finlândia encabeça a lista, seguida por outros países da região. A pesquisa considera uma variedade de fatores, incluindo renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção, para determinar a felicidade de cada nação.

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Neste cenário, o Brasil conquistou uma ascensão de cinco posições e agora ocupa o 44º lugar no ranking. No entanto, o Afeganistão, marcado por conflitos devastadores e o domínio do grupo extremista Talibã, figura como o país menos feliz na lista.

Entre os destaques, estão as disparidades raciais e sociais que influenciam significativamente a felicidade e o bem-estar das pessoas. No Brasil, uma nação marcada por uma forte diversidade racial, compreender como a discriminação racial e a desigualdade social impactam a felicidade é algo importante.

Neste sentido, as estatísticas revelam que grupos minorizados frequentemente enfrentam obstáculos adicionais no acesso a oportunidades educacionais e econômicas, o que pode afetar profundamente seu senso de bem-estar.

Além disso, o relatório destaca a preocupante queda na felicidade dos jovens em várias partes do mundo, incluindo na América do Norte e na Europa Ocidental. No Brasil, isso levanta questões sobre as condições de vida e as pressões sociais enfrentadas pelos jovens, especialmente aqueles pertencentes a comunidade negra e indígena.

Outro ponto relevante é a observação de que as políticas públicas são fundamentais para promover a felicidade e o bem-estar. Especialistas interdisciplinares das áreas da economia, psicologia, sociologia e outras tentam chegaram a essa conclusão analisando dados entre países e ao longo do tempo utilizando fatores como o PIB, a esperança de vida, ter alguém com quem contar, um sentido de liberdade, generosidade e percepções de corrupção. 

“A elaboração de políticas eficazes depende de dados sólidos, mas continua a haver uma falta significativa deles em várias partes do mundo. O Relatório Mundial sobre a Felicidade de hoje tenta colmatar algumas destas lacunas, oferecendo insights sobre as percepções das pessoas sobre a vida na Terra. Oferece mais do que apenas classificações nacionais; fornece análises e aconselhamento para planejamento e elaboração de políticas baseadas em evidências. O nosso papel na investigação sobre a Felicidade Mundial enquadra-se naturalmente na nossa missão de longa data: fornecer aos líderes as informações corretas sobre o que as pessoas dizem que faz a vida valer a pena”, explica Jon Clifton, CEO da Gallup.

No Brasil, isso significa reconhecer e enfrentar as disparidades raciais e sociais por meio de programas sociais eficazes, investimentos em saúde mental e iniciativas que promovam a igualdade racial.

Em um mundo onde a felicidade é afetada por diversos fatores, desde o acesso a oportunidades até o senso de pertencimento e inclusão, o Relatório Mundial de Felicidade de 2024 destaca a importância de abordar as desigualdades subjacentes que impactam a vida das pessoas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

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