A última terça-feira, 30, marcou a história da ginástica artística brasileira nos Jogos Olímpicos. A equipe feminina do Brasil subiu ao pódio para receber a medalha de bronze. Entre nossos talentos, está a ginasta brasileira Rebeca Andrade, 25, que concedeu uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, onde destacou a relação única que tem com Simone Biles.
Na entrevista, Andrade relembrou momentos marcantes de sua carreira e como a atleta norte-americana foi uma fonte de inspiração e apoio em períodos difíceis. “Desenvolvi muita afeição por ela”, disse Andrade ao The Washington Post. Biles, por sua vez, também demonstrou respeito e admiração pela brasileira, afirmando que adora competir com Rebeca, pois ela a pressiona a dar o seu melhor.
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A história das duas ginastas é de superação e apoio mútuo. Em 2018, quando Andrade se recuperava de uma grave lesão no joelho, Biles a incentivou a não desistir, ressaltando seu talento. Essa relação de apoio ficou evidente no campeonato mundial do ano passado, quando Biles, após ser superada por Andrade no salto, fez um gesto simbólico de tirar uma coroa imaginária de sua cabeça e colocá-la na brasileira.
O jornal destacou a trajetória de Rebeca desde os cinco anos, quando começou a praticar ginástica artística em uma academia onde sua tia trabalhava e lembrou do esforço do irmão da ginasta, Emerson Andrade, que comprou uma bicicleta para levar a irmã para as aulas. Em 2015, aos 16 anos, uma ruptura no ligamento cruzado anterior quase encerrou sua carreira, e em 2017, enfrentou a mesma lesão novamente.
Em meio às dificuldades, um encontro inspirador com a superestrela americana Simone Biles foi um ponto de virada. “Foi um momento tão gentil, tão afetuoso, porque não havia mais ninguém por perto”, disse Andrade sobre Biles. “Ela me disse: ‘Não desista. Você é talentosa. E você vai superar isso.’”
Com os Jogos de Paris, vimos os talentos se enfrentando com respeito e admiração. Na última terça, durante a competição feminina das equipes de ginástica nas Olimpíadas, pudemos ver Brasil e Estados Unidos subir ao pódio, com Rebeca brilhando e trazendo o bronze junto ao time brasileiro e Biles marcando seu retorno aos mundiais desde os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, quando a norte-americana desistiu de participar da final por equipes e dos individuais por questões psicológicas.
“A melhor do mundo conseguiu nos mostrar que as coisas podem acontecer, que você pode superar isso e voltar”, disse Rebeca Andrade sobre a volta de Simone Biles às competições, um sinal de retribuição e também de sororidade entre as duas ginastas, que estão entre as melhores do mundo.
Sobre a competição de Paris ser a última da carreira de Biles, Rebeca comenta que chegou a dizer a norte-americana que não faça isso: “Eu sei que ela quer vencer, mas ela continuará torcendo por mim”, ela disse. “E ela sabe que eu quero vencer, mas eu continuarei torcendo por ela”, finalizou.
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