A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte na orla da Barra da Tijuca, aceitou a proposta da Prefeitura do Rio para gerir um dos quiosques que vão ser transformados em memorial. A informação foi confirmada pelo advogado dos parentes dele, Rodrigo Mondego, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ).
A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, informou que vai fazer um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana nos quiosques Biruta e Tropicália, onde Moïse foi morto a pauladas. O objetivo da medida, segundo o órgão, é promover a integração social e econômica de refugiados africanos e reafirmar o compromisso da cidade com a promoção de oportunidades para todos. A ação será realizada em parceria com a Orla Rio, concessionária que opera os estabelecimentos.
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“A transformação do local busca ser uma reparação à família, uma oportunidade de inserção socioeconômica de refugiados, além de um ponto de transmissão da cultura africana. E um memorial em homenagem a Moïse Kabagambe representará naquele espaço público uma lembrança para que não seja fácil esquecer e que jamais se repita a barbárie que o vitimou”, ressalta o secretário.
“Caso contrário, o contrato será cancelado. Ainda não há prazo para a execução do projeto. Neste momento a Prefeitura está conversando com a família”, diz a nota. A Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento reiterou que tanto a concepção quanto a execução do projeto serão realizadas por profissionais negros e com foco na promoção e celebração da cultura africana. O espaço também poderá ser utilizado para exposições de arte e apresentações musicais típicas, além da realização de feiras de artesanato.
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