O Youtuber Julio Cocielo foi escolhido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para representar o Brasil como um dos influenciadores na Copa do Mundo Catar 2022. Durante o mundial de 2018, que aconteceu na Rússia, Cocielo causou revolta e foi processado por racismo após declarar, através de uma postagem no Twitter, que o jogador “Mbappé faria arrastão top”.
Em setembro de 2020, o influenciador virou réu acusado de racismo por causa de postagens feitas nas redes sociais entre 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018. Em um dos comentários, o youtuber afirmou: “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”. A publicação foi foi apagada após o escândalo.
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Em março deste ano, o tribunal responsável por analisar o caso concluiu que Cocielo era inocente e que “não teve intenção direta de disseminar uma mensagem preconceituosa”. Através das redes sociais, o consultor em racismo estrutural, AD Junior, comentou sobre a escolha de Cocielo como um dos influenciadores da Copa do Mundo 2022. “O racista no Brasil recebe até mesmo uma premiação pelo seu racismo pela própria organização que deveria repudiar o que ele fez“, disse AD.
“Na última copa o influenciador COCIELO cometeu uma atitude racista. E agora, ganhou de presente da CBF um cargo de influenciador da copa! Num é incrível? É de uma tristeza ver esse tipo de REWARD (recompensa) pra quem nem ligou pelo que fez e não ta nem aí…”, continuou o Head de Marketing da Trace Brasil. “Se uma pessoa negra fizer algo errado na vida, é capaz dela nunca mais poder fazer um trabalho… já no Brasil que faz errado ganha prêmio. Parabéns CBF”.
De acordo com a CBF, o projeto chamado “#NossaSeleçao”, que inclui Julio Cocielo e outros influenciadores, tem o objetivo de aproximar os torcedores que estarão no Brasil da seleção por meio de postagens nas redes sociais.
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