O cantor e ator Seu Jorge publicou um vídeo em suas redes sociais onde comenta os ataques racistas sofridos por ele durante apresentação no clube Grêmio Náutico União. Com a bandeira do Rio Grande do Sul ao fundo, ele começou a descrever sua relação com o estado, e um pouco do que foi sua apresentação na última sexta-feira (14).

“A verdade é que eu estava bastante empolgado porque já fazia um certo tempo que não me apresentava em Porto Alegre com a minha banda”, disse o cantor no vídeo. O artista e sua banda foram contratados para realizar um show no jantar de comemoração à reinauguração de um salão do Grêmio Náutico União.

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Seu Jorge contou que, do fundo do palco, ao ouvir as vaias e xingamentos, decidiu retornar, agradecer o público presente e encerrar o show, sem realizar o famoso “bis”. “Não reconheci a cidade que aprendi a amar e respeitar. Não era a cidade que eu conhecia, dos inúmeros shows com as bandas amigas. Na verdade, o que eu presenciei foi muito ódio gratuito e muita grosseria racista”, afirmou.

Seu Jorge aproveitou o vídeo para reafirmar sua relação com as pessoas do Rio Grande do Sul. “Quero aqui agradecer imensamente o carinho e suporte que recebi de toda a gente de Porto Alegre que se sensibilizou com o que aconteceu e me mandou mensagens de apoio a mim e de repúdio ao comportamento de alguns no clube”, comentou. “Agora estaremos bem mais fortes e unidos cada vez mais na luta intensa contra o racismo e toda forma de preconceito e toda forma de discriminação”, concluiu.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul abriu inquérito para investigar o caso de racismo. Segundo a delegada Andrea Mattos, os investigadores tiveram acesso a um vídeo em que é possível ouvir ofensas racistas contra o músico. “Eu recebi um vídeo, em que ele teria sido chamado de macaco. (….) Nós recebemos diversas denúncias, de diversas pessoas, além, claro, de tudo que tem nas redes sociais”, relata. O material já está sendo analisado por profissionais da Delegacia de Combate à Intolerância”, disse ela à CNN.

De acordo com a delegada, Seu Jorge não registrou ocorrência pelo crime, mas isso não é necessário em casos de racismo. “Racismo independe da representação da vítima. Ele atinge não só a pessoa, a vítima direta, mas irradia efeito sobre toda coletividade”.

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