Potências Negras: coletivo de personalidades negras se une na luta antirracista

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Potências Negras: coletivo de personalidades negras se une na luta antirracista
Maíra Azevedo, Lázaro Ramos, Maju Coutinho, Luana Xavier, Cris Vianna e Rodrigo França são membros do coletivo Potências Negras

Tudo começa em um grupo de WhatsApp, criado por Maíra Azevedo – a Tia Má – em maio de 2019.

Segundo ela, “a ideia era reunir diversas pessoas pretas, de várias áreas profissionais e regiões do país, para fomentar uma troca de informações, ofertar acolhimento, afeto, mas também criar uma rede, onde fosse possível assegurar apoio em questões de trabalho, emprego e também tratar as questões do nosso povo com seriedade.”

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Fonte: Reprodução

Prestes a completar um ano, hoje o grupo é composto por aproximadamente 150 pessoas entre artistas, jornalistas (incluindo nossa editora Silvia Nascimento), influenciadores, publicitários, empresários, advogados, promotores, médicos, políticos, estilistas, escritores e fotógrafos. Nomes como Preta Gil, Lázaro Ramos, Maju Coutinho, Rodrigo França, Rafael Zulu, Luana Xavier, Renata Martins e Teresa Cristina estão por lá.

“O objetivo principal é ter essa rede de apoio, mas também garantir um espaço de fortalecimento. Pessoas pretas estão adoecendo, vivendo em solidão, então decidi criar um local para que a gente tivesse a certeza que não estamos sós! Ouvimos muito a frase ‘ninguém solta a mão de ninguém’, mas sabemos que ninguém nunca segurou nossas mãos pretas. Sempre estivemos em situações de vulnerabilidades, mas ali, no Potências não. Somos protagonistas da nossa história. Protegemos e somos protegidos”, acrescenta.

Além do grupo no aplicativo de mensagens, o coletivo mantém uma conta no Instagram e pretende expandir ainda mais seu alcance nas redes sociais.

Nos últimos dias, construíram dois manifestos: um em repúdio à fala racista do publicitário Rodrigo Branco que rapidamente viralizou e outro contra a testagem de vacinas para o coronavírus em africanos, no continente com menor número de infectados.

“Já conseguimos inserção de pessoas no mercado de trabalho, já ofertamos acolhimento psicológico e jurídico, além das ações de denúncias de casos de racismo. Nossa proposta é se tornar um coletivo pedagógico, mas também um instrumento de fortalecimento de ações e atividades da população negra”, finaliza Maíra.

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