Texto: Rachel Maia
Iniciamos 2025 com demandas significativas para que as pautas sociais, de Diversidade e Inclusão (D&I) permaneçam no centro da governança. A multiplicidade de saberes é um debate necessário e desafiador na gestão das empresas e é por isso que se faz necessária a manutenção e implementação de um modelo de negócio que seja antirracismo, anticapacitismo, não gordofóbico, não homofóbico, não misógino e não etarista, para garantir o direito de todo cidadão como é previsto em Lei.
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Promover o acesso é reparador. A criação de comitês de diversidade estabeleceu uma maneira estratégica de realizar discussões sobre interseccionalidade, e vale ressaltar que toda a sociedade se beneficia quando se entende como parte e responsável pelo todo, potencializando a coletividade e expansão econômica.
O mercado nos sinaliza que a promoção da igualdade de oportunidades tem garantido, aos profissionais, o seu lugar de pertencimento, e, às empresas, um time diversificado capaz de explorar novas temáticas e produzir de modo que toda a sociedade se sinta representada.
Panorama da última década
Os assuntos relacionados a D&I nos últimos dez anos, estiveram nas mídias, instituições empresariais e de educação com mais afinco. A participação da sociedade nas temáticas, bem como a de especialistas no assunto, mostrou que seriam necessárias mudanças nos mais diversos setores para que cada brasileiro fosse respeitado e tivesse seus direitos, assim como deveres, compreendidos.
As empresas adotaram medidas para que a inclusão fosse uma realidade assertiva e para que a reputação da empresa alcançasse níveis consideráveis. Os resultados foram animadores, tanto no âmbito midiático quanto no econômico. No entanto, os últimos dois anos trazem dados e alertas importantes, pois, sempre que há modificações e instabilidades, a governança é uma das primeiras a sofrer perdas e cortes de verbas.
Como mostra a pesquisa realizada pela startup to.gather, fundada em 2022, especialista em aplicar inteligência de dados para mensurar a diversidade nas empresas em tempo real, os seis desafios mais encontrados pelas empresas para implementar práticas de D&I são: contratação de pessoas diversas, engajamento da média liderança, orçamento para realização das ações, demonstração do valor agregado das ações, engajamento da alta liderança e engajamento das pessoas colaboradoras.
A startup também apresenta como está o panorama da diversidade nas empresas, indicando que as mulheres estão no topo da lista, com 39%, seguidas por pessoas pretas e pardas, com 31%. Já pessoas com deficiência representam 3%, neuroatípicas, 2%, e pessoas trans e travestis, apenas 0,9%, com percentuais de representatividade bem abaixo do ideal.
O tema é e sempre será pertinente, pois interessa à sociedade e diz respeito a direitos já conquistados. Preservar essas ações, expandi-las e contemplar ainda mais pessoas deve ser o mote das nossas práticas diárias. A realidade não nos favorece no todo, mas, podemos perceber outras maneiras de continuar e crescer sempre!
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