A história dos Afro-americanos precede a emergência dos Estados Unidos como um país independente.
Por Durval Arantes – escritor do livro “O último do negro” e colunista do site Mundo Negro
Notícias Relacionadas
Taís Araujo fala sobre emoção de gravar como Nossa Senhora em ‘O Auto da Compadecida 2’: “Queria esticar aquele momento”
7ª edição da Celebração do Cinema e Televisão Negros dos EUA celebra carreira de Regina King e Tyler Perry
Lucy Terry é autora da obra mais antiga conhecida da literatura Afro-americana, de nome “Bars Fight”. Ela escreveu este poema em 1746, após um ataque de índios locais sobre a cidade de Deefield, no Massachusetts, e ela se tornou escravizada à época da invasão.
O poema foi publicado pela primeira vez em 1854, com um dístico (estrofe em duas linhas rimadas).
A poetisa Phillis Wheatley (1753-1784) publicou a obra “Poems on Various Subjects – Poemas sobre Vários Assuntos” em 1773, três anos antes da declaração da Independência dos Estados Unidos. Ela não foi apenas a primeira Afro-americana a publicar um livro, mas também a primeira a conquistar uma reputação internacional como escritora.
Nascida no Senegal, na África, ela foi capturada e vendida ao sistema escravagista com a idade de sete anos. Trazida para a América do Norte, ela se tornou cativa de um mercador da cidade de Boston. Ao atingir a idade de dezesseis anos, ela já possuía domínio integral da língua inglesa.
A escrita de Phillis Wheatley era elogiada por muitas figuras públicas da Revolução Americana, incluindo George Washington, que lhe agradeceu por um poema escrito em homenagem dele. Algumas pessoas da elite americana desacraditavam do fato de uma mulher afrodescendente ser capaz de produzir poemas tão refinados. A poetisa teve que se defender em um tribunal para provar que ela havia escrito a sua obra. Alguns críticos citam a defesa bem sucedida de Phillis Wheatley como o primeiro reconhecimento da existência de uma literatura legitimamente Afro-americana.
Notícias Recentes
Trabalhadora negra é resgatada após viver 28 anos em situação de escravidão na casa de vereadora em Minas Gerais
Como os negócios podem ajudar a combater o racismo ambiental?