A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito nesta sexta-feira, 6, para apurar as denúncias de assédio sexual feitas contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. As acusações foram divulgadas pela ONG Me Too Brasil na quinta-feira, 5. Segundo Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da PF, a investigação foi iniciada por iniciativa própria, antes mesmo de uma representação formal.
Rodrigues afirmou em entrevista à GloboNews que as primeiras audições devem ocorrer na próxima semana. Entre as pessoas a serem ouvidas está a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), identificada pela imprensa como uma das vítimas, embora a Me Too Brasil não tenha divulgado oficialmente os nomes das pessoas envolvidas.
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O ministro Silvio Almeida, em resposta às denúncias, negou categoricamente as acusações. “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”, declarou. Ele destacou que as alegações visam prejudicar sua imagem e os ideais que defende, especialmente em sua luta pelos direitos humanos.
Em paralelo à ação da PF, o Palácio do Planalto também decidiu agir. Em nota, o governo informou que a Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento de apuração sobre o caso. O ministro Almeida foi convocado na noite de quinta-feira para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.
As denúncias foram reveladas inicialmente pelo portal Metrópoles e posteriormente confirmadas pela Me Too Brasil, que forneceu suporte psicológico e jurídico às vítimas. A ONG destacou as dificuldades enfrentadas por vítimas de violência sexual ao buscarem apoio institucional, especialmente quando o acusado ocupa posições de poder.
Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos em janeiro de 2023 e é uma figura reconhecida no Brasil por seu trabalho em questões raciais. A investigação deve seguir rigorosamente os trâmites legais, com ambas as partes sendo ouvidas no decorrer do processo.
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