(Silvia Nascimento – São Paulo )
Com o argumento que o volume do cabelo crespo prejudica a visão dos alunos, a professora de Cecília Toshieyagi Takamatsu que leciona matemática no Ensino Médio da Escola Técnica Estadual de São Paulo (ETESP), ordenou que uma das suas alunas, uma menor, negra, que não quis ser identificada, mudasse de lugar e sentasse no fundo da sala. O fato aconteceu no dia 26 de setembro, durante uma aula no período da manhã. Solidárias à amiga, duas alunas também negras se manifestaram contra a professora e viraram motivo de chacota da classe.
Notícias Relacionadas
Jornalista Amon Borges lança o Portal Lineup, hub de conteúdos sobre shows e festivais: "Quero mostrar o que fica fora do radar"
Os ricos cada vez mais ricos: pesquisa da FGV mostra que renda milionários aumentou em até 96%
De acordo com a menor T.J. de 16 anos, a professora se sentiu ameaçada pela indignação das alunas negras e fez uma “enquete ao vivo” com os alunos da classe, perguntando se eles achavam que ela tinha sido racista ao pedir que a aluna de cabelo crespo e volumoso se sentasse no fundo da classe. “A maioria da classe é de brancos, há só três alunas negras e nos sentimos muito humilhadas”, explica T.J.
O Mundo Negro entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da ETESP que se comprometeu checar a informação, mas não se posicionou até o fechamento desta matéria.
Amanhã às 17h haverá uma reunião de estudantes negros da USP onde o caso será debatido.
Notícias Recentes
Família luta no Judiciário para retirar vítima de trabalho análoga à escravidão da casa do desembargador de SC
Diagnosticada com depressão, Linn da Quebrada anuncia pausa na carreira: "Uma doença que não pode ser negligenciada"
Comments are closed.