A oficina abre questionamento sobre o que vemos, olhamos e como a nossa arquitetura corporal cartografa a cidade. As aulas incluem apresentação de dados históricos e geográficos da população “desviante”, produções imagéticas, poéticas, e trabalhos legais e ilegais nos campos artísticos, assim como discussões acerca da etnografia e aquilombamentos nos moldes atuais.
Compreendendo o caminhar como atividade de lutas, as estéticas visuais, publicidades, graffitis e outros objetos possíveis para o empoderamento, identificação e/ou (re)territorizações na cidade, o curso visa pensar a imagem dos corpos lidos como desviantes, isto é, lgbtqi, negres e indígenas, nos diversos espaços por eles habitados. Entendendo a movimentação como possibilidade para uma estruturação sócio-espacial e reconfiguração territorial, temos o caminhar como instrumento possível de afeto, conhecimento, preposições e conexões estéticas culturais, de resistências e construções de novas imagéticas visíveis ou invisíveis nas regiões e, consequentemente nas sociabilidades.
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O curso será ministrado por Marina Barbosa, Cientista Social e Mestra em História da Arte, Marina vem há mais de dez anos dialogando com a interseção entre gênero e raça e suas potências para aquilombamentos e equidades. Especialista em graffiti acredita que a arte e nosso corpo em todo o seu conjunto sensível, isto é: escutar, olhar, tocar e sentir são essencial para o processo modular (ações) e potências para transgressões.
Cronograma
AULA 1 (14 de abril) Apresentação do curso – AULA INAUGURAL
Uma cidade que quer ser masculina e branca, mas grafada por corporalidades negras. Um ensaio sobre estéticas (plurais) artísticas e cartografias produzidas pelos corpos em movimento. Discussão sobre pertencimento e não pertencimento em relação aos locais e espaços da cidade. Observação coletiva e individual sobre a produção e processo tátil e sensível das vivências citadinas.
AULA 2 (16 de abril) O corpo como embarcação: transatlântico
O caminhar enquanto ato político (consciente ou não): o processo para o conhecimento e/ou reconhecimento das guerras de lugares e disputas na contemporaneidade. Discussão sobre os enclaves- privações e desvios produzidos e mantidos no capitalismo, patriarcalismo e entre outros processos genocidas governamentais.
AULA 3 (21 de abril) Corpo da imagem: representações poéticas e políticas
Agenciamento dos sujeitos, compreensão sobre as sociabilidades identificadas como desviantes, isto é, negras, indígenas e lgbtqia+. Discussão sobre identidades e (re)territorialidades a partir das artes: imagem – fotografias – desenhos e falas – poemas – textos – música. Inicio do reconhecimento e aglomeração do aquilombamento.
AULA 4 (23 de abril) AQUILOMBAMENTO
Compreensão sobre o corpo enquanto arquitetura promotora de conhecimento, ação política, poética, de luta e paz. Configuração espacial para a diversidade e amostra livre das construções realizadas, sentidas e vivenciadas no tempo de vida e da oficina.
Serviço
Participe: https://www.sympla.com.br/negrafias-a-presenca-e-a-representacao-negra-nas-artes-urbanas__1153099
Valor consciente, você paga o quanto pode no momento, seguindo uma das opções abaixo:
R$90,00 para quem pode contribuir com o valor cheio ou opções reduzidas de R$40,00 / R$55,00 ou R$70,00
independente da opção escolhida como contribuição, o acesso é para o curso completo, com os 4 encontros programados.
Horário: 19h às 21h
INSCRIÇÃO SOCIAL: se você quer muito fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande um e-mail para oi@bravasp.com.br contando um pouquinho de você e como esse conteúdo pode ser importante. Serão disponibilizadas 1 bolsa integral a cada 10 inscrições pagas.
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