“Por causa da cor da pele, eles não estão sendo tratados da mesma forma e isso machuca”. Esse foi o lamento do presidente americano Barack Obama, durante uma coletiva para imprensa, neste última quarta-feira, 9, sobre a série de execuções cometidas contra homens negros, pela polícia nos EUA.
Em menos de três dias, quatro homens negros foram mortos. Alton Sterling and Philando Castile tiveram suas mortas registradas pelo celular e as imagens mostram que nenhum dos dois carregavam armas, e mesmo assim, policiais brancos atiraram à queima roupa. No caso de Castile, sua namorada Diamond Reynolds, filmou a cena, que também foi testemunhada por sua filha de 4 anos, que estava no banco de traz do carro, quando ele foi morto durante uma blitz. De acordo com a imprensa americana, só este ano, policiais mataram certa de 123 afro-americanos.
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“Existe uma disparidade na nossa justiça criminal”, disse Obama que citou estatísticas que apontam que apesar de negros e latinos serem a minoria nos EUA, eles têm quase mais do que o dobro de chances de serem parados pela polícia quando estão dirigindo, serem revistados e até a sentença de prisão costuma ser 10% mais longa do que as dos brancos condenados pelo mesmo crime. Eles são 30% da população nacional – negros seriam 13% de acordo com o último censo de 2010- , porém compõe a metade da população carcerária.
Obama falou sobre o grupo de trabalho criado pelo governo americano, em parceria com policiais, líderes comunitários e ativistas e ressaltou que é importante que a comunidade denuncie a má conduta policial para que essas tragédias possam ser evitadas.
O presidente reconheceu o trabalho difícil dos policiais que arriscam suas vidas diariamente para proteger a população e que muitas vezes perdem a vida em atos heroicos, mas reforçou em vários momentos do seu discurso, a diferença que ocorrem na abordagem entre brancos, negros e latinos.
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