Tecnologia, apropriação cultural, orgulho LGBTQIAPN+, empoderamento negro feminino, encontros geracionais, ancestralidade, tudo o que envolve a evolução individual e coletiva na comunidade negra baiana, mas sem perder a nostalgia, será prestigiado pelo público em ‘Ó, Pai Ó 2’, com os mesmos personagens junto com a nova turma, que estreia nos cinemas dia 23 de novembro, na Semana da Consciência Negra.

Após 16 anos do primeiro longa, Roque, protagonizado por Lázaro Ramos, continua sonhando para ser um cantor de sucesso e finalmente está prestes a estourar com uma música. Sendo um artista negro, ele sabe que essa luta é árdua e cheias de injustiças, mas não desiste. 

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Revisitar os personagens depois de todo esse tempo, nos traz uma sensação de pertencimento a uma grande família que não víamos há muito tempo. Só que o mais surpreendente, são os filhos dos personagens, super inteligentes, ligados na tecnologia e na poesia. 

Foto: Divulgação

Salvador (João Pedro), filho de Roque, Gisela (Ariele Pétala), filha de Yolanda (Lyu Arisson) e Neusão (Tânia Tôko), e Michelangelo (Pedro Amorim), filho de Dona Maria (Valdinéia Soriano) e Reginaldo (Érico Brás), farão de tudo para salvar o bar de Neusão, que ela perdeu para um coreano desconhecido e causa uma grande mobilização em Pelourinho. Fica até fácil imaginar uma série infantojuvenil só com eles, se aventurando em diversas missões para defender a comunidade negra.

Com o objetivo de salvar o legado do bar, o filme também irá explorar a cidade de Salvador. Os moradores realizarão uma grande Festa de Iemanjá, e com isso, os orixás ganham um destaque emocionante que envolve o público sobre a importância da comunidade negra não perder a fé na vida.

Infelizmente, a falta de ternura é o que falta para Dona Joana (Luciana Souza) depois do final trágico do outro filme, que resultou na morte de seus filhos Cosme e Damião. Em depressão, ela ainda tenta superar uma irreparável perda na sua vida, mas ainda é um duradouro processo.

Foto: Divulgação

Mesmo com a evolução do roteiro adaptado à época em que vivemos hoje, os outros personagens seguem bem nostálgicos. Yolanda ressurge ainda mais bela e confiante de si, Neusão ainda vive um drama por conta das dívidas do bar, Dona Maria terminou o casamento com Reginaldo, que não evoluiu em nada, enquanto ela segue super empoderada. 

Psilene (Dira Paes) volta ao Pelourinho mais reluzente, chegando novamente de uma viagem do exterior, sempre com muita alegria, enquanto Mãe Raimunda (Cássia Valle) consegue explorar com mais confiança sua função religiosa para ajudar a comunidade.

É uma honra vivenciar um momento em que a Viviane Ferreira dirige um filme tão importante para a nossa população, pois percebemos à todo momento o respeito e o senso de coletividade mais latente entre os personagens, com as tradições do candomblé, do respeito aos mais velhos, o conhecimento dos que chegaram primeiro sendo repassados e deixando uma mensagem de felicidade, apesar de tantas dificuldades.

Foto: Divulgação

Além de apresentações à todo momento por ser tratar de um filme musical, um encontro geracional com os músicos da Bahia será muito emocionante. O longa conta com participaçõe especiais do veterano Guiguio Shewell dos blocos Olodum e Ilê Aiyê, a atual Ministra da Cultura Margareth Menezes, Russo Passapusso vocalista do BaianaSystem, Attooxxa, a drag queen Nininha Problemática, Tiganá Santana, Pierre Onassis e a Dama do Pagode Alana Sarah. Em breve, Bahia será muito bem representada com os atores e os músicos nos cinemas de todo o país!

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