Texto: Alder Paulo Lima
O assunto do momento é Inteligência Artificial! IA é uma força transformadora em diversos setores, mas seu impacto pode ser sentido de maneira desigual se não houver uma abordagem cuidadosa em relação aos recortes raciais. A interseção entre IA e recorte racial destaca desafios significativos: o reconhecimento de pessoas negras nas soluções com IA aplicada e oportunidades para promover equidade por meio da educação digital.
Notícias Relacionadas
Do Black Power ao ajoelhar: a história repetida da luta antirracista no esporte
Até quando a vitória será do racismo? A injustiça cometida contra Vini Jr.
Mas existem algumas reflexões importantes a se fazer quando falamos sobre tecnologia e recorte racial, como por exemplo: já que somos, mais de 50% da população brasileira, por que não somos muitas vezes convidados a sentar nas mesas de debates quando tange a possível regulação e legislação da mesma? Daí percebemos que o acesso à educação digital e as novas tecnologias que incluem essas chamadas “TECNOLOGIA DE PONTA” como a IA, não chegam ao nosso alcance! Sendo assim é IMPRESCINDÍVEL discutirmos sobre INTERAÇÃO ENTRE IA, RECORTE RACIAL e EDUCAÇÃO DIGITAL.
Ao promover a diversidade na criação de tecnologias, capacitando indivíduos com habilidades digitais e promovendo a conscientização, podemos trabalhar coletivamente para moldar um futuro onde a IA contribua para a equidade e não para a disparidade.
Isso porque os algoritmos de IA são treinados com conjuntos de dados que refletem, em grande parte, os preconceitos existentes na sociedade. Isso pode resultar em sistemas que reproduzem e perpetuam viés racial, prejudicando minorias. Por exemplo, em sistemas de reconhecimento facial, a precisão pode ser menor para indivíduos de determinados grupos étnicos.
Presença de viés algorítmico destaca a necessidade de uma revisão constante dos modelos de IA. É imperativo que os desenvolvedores e cientistas de dados considerem a diversidade em seus conjuntos de treinamento, a fim de criar sistemas mais justos e inclusivos.
Mas aí vem a pergunta: como combater esses vieses que afetam a população preta?
A EDUCAÇÃO DIGITAL
A educação digital emerge como um catalisador para enfrentar esses desafios. Ao capacitar indivíduos com habilidades em IA, programação e pensamento crítico, a sociedade cria uma força de trabalho mais consciente e capaz de moldar a tecnologia de maneira ética. Iniciativas que promovem a inclusão e diversidade no ensino de tecnologia contribuem para reduzir disparidades, capacitando comunidades historicamente sub-representadas.
Precisamos nos conscientizar sobre os impactos da IA nos recortes raciais. Precisamos desenvolver uma compreensão crítica das implicações sociais, permitindo que as pessoas participem “da criação, do desenvolvimento” e influenciem políticas relacionadas à IA.
Para isso, a colaboração entre governos, setor privado, organizações sem fins lucrativos e comunidades é essencial para abordar os desafios complexos associados à IA e o recorte racial. Incentivar parcerias que promovam a igualdade de oportunidades na educação digital é crucial para construir um futuro mais inclusivo e equitativo.
Notícias Recentes
“Razões Africanas”: documentário sobre influências da diáspora africana no jongo, blues e rumba estreia em novembro
Canal Brasil celebra Mês da Consciência Negra com estreia de longas, documentários e entrevistas exclusivas