Mulheres negras muitas vezes se sentem obrigadas a alisar o cabelo para conseguir um emprego. Os homens negros, por sua vez, usam a máquina zero para eliminar quase por completo os fios crespos da sua cabeça. Se aqui no Brasil nosso cabelo natural ainda pode ser o motivo pelo qual não conseguimos uma vaga de emprego, nos EUA há doze estados onde a discriminação contra pessoas que usam o cabelo natural é crime. O Estado de Nevada foi o 12º a assinar a lei “The Crown Act (o Ato da Coroa em tradução livre), no dia 4 de Junho. Nebraska, Califórnia, Nova York, Nova Jersey, Maryland, Colorado, Washington, Virgínia, Delaware e Connecticut são alguns dos estados onde a lei está em vigor.

O movimento para combater a discriminação baseada no cabelo, que vem aos poucos ganhando espaços em território americano, é liderado pela Coalizão CROWN (Criando um Mundo Aberto e Respeitoso para o Cabelo Natural).

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OUTRO TIPO DE RACISMO

A discriminação com base no cabelo também é racista por querer anular qualquer estilo de cabelo que não se encaixe no perfil eurocêntrico. Não por acaso, mulheres negras de cabelo liso têm mais chances de serem contratadas que negras de cabelos crespos.

Em 2020, uma pesquisa da Fuqua School of Business da Univeridade de Duke (EUA) revelou que participantes de um estudo sobre cabelos e contratações no mercado de trabalho, deram às mulheres negras com cabelos naturais pontuações mais baixas em competência e profissionalismo e não as recomendaram para entrevistas com tanta frequência, em comparação com mulheres negras com cabelos lisos, mulheres brancas com cabelos lisos ou mulheres brancas com cabelos cacheados.

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