O angolano Licínio Januário, de Segundo Sol, dirige curta estrelado pela cunhada Sheron Menezes

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O angolano Licínio Januário, de Segundo Sol, dirige curta estrelado pela cunhada Sheron Menezes

O ator, diretor e produtor Licínio Januário ficou conhecido pelo grande público aqui no Brasil, ao dar vida ao personagem Dominick, na novela global Segundo Sol.

Januário, que é Angolano, é bem influente no cenário da cultura negra alternativa e independente brasileiros, atuando e produzindo seus próprios projetos.

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Hoje ,dia 30, durante Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, no Rio ele mostra ao público algo que nunca havia feito: um curta-metragem.

Namoradeira é uma obra estrelada por Sheron Menezzes, irmã de Sol Menezes, parceira de Licínio.

O filme aborda temas complexos como violência e educação sexual, religiosidade, abandono psicológico e suicídio ao contar a história de Naná, uma mãe ausente que não percebe o sofrimento da filha durante anos por conta de abusos sofridos dentro da própria casa.

“Eu penso que certos problemas sociais prevalecem porque a gente não conversa sobre eles. Tenho seis irmãs e graças a Deus elas nunca passaram por uma situação de violência sexual, mas muitas amigas próximas, já. Eu não sabia e se não fosse o processo do filme, talvez nunca soubesse”.

Nesta parceria, entrou a co-diretora Jessica Barbosa para ajudar Licínio a ter um olhar feminino sob assuntos tão duros. “Ele buscava não só alguém que estivesse no lugar de fala, pensando os aspectos de direção junto, mas que conduzisse cenas de cumplicidade feminina com as protagonistas”, explica Jessica.

O curta tem roteiro de Veralinda Menezes, sogra do diretor é produzido pela Príncipes Negros Cultural, fundada por Veralinda, Sol Menezzes e Drayson Menezzes, cunhado de Licínio. Tudo em família.

Assinando pela primeira vez o roteiro de um filme, Veralinda conta qual foi o momento mais emocionante durante o processo:

“Quando mostrei para a Sheron o texto, ela gostou e disse que se virasse filme, faria. Eu quase não acreditei. Depois, eu comentei sobre isso com o Licínio Januário, mostrei o roteiro e ele falou: ‘Então vamos fazer! Vai ser a estreia da Bará filmes!’. Eu vibrei: imaginem um filme feito em família! E foi quando entrou a minha filha Sol decidida a produzir. Acabou que ela ficou também na vice-direção. Virou uma parceria em família e das nossas produtoras: a Príncipes Negros Cultural e a Bará Filmes. Em fevereiro, o sonho virou realidade, foram chegando mais parceiros e a ideia tomou corpo”.

O projeto será exibido na quarta-feira, dia, 30, às 21h, no Cine Odeon, na Cinelândia e domingo, 03 de novembro, às 17 horas, no Museu de Arte Moderna.

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