Número de pardos supera o de brancos pela primeira vez no Brasil desde 1991, segundo IBGE

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Número de pardos supera o de brancos pela primeira vez no Brasil desde 1991, segundo IBGE
Foto: Acervo IBGE

Dados do Censo 2022, coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados nesta sexta-feira, 22, mostram que o número de brasileiros autodeclarados pardos cresceu 11,9% desde 2010, ultrapassando o número de brancos, se tornando, pela primeira vez, o maior grupo racial do Brasil. Ao todo, eles somam 45,3% da população.

Segundo a pesquisa, a população brasileira é formada por 92,1 milhões de pessoas que se declaram pardas, somando 45,3% da população do país. Em 2010, os pardos eram 43,1%. Já a soma de 10,2% dos brasileiros se autodeclararam pretos. Um crescimento considerável diante do número de pessoas que se declaravam pretas em 2010, que era de 7,6%. Agora, essa população é de 20,7 milhões.

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O número de pessoas que se declaram indígenas teve um aumento de 89%, passando de 0,5% em 2010 para 0,8% pessoas declaradas. Um total de 1,7 milhão. Diferente do número pessoas declaradas brancas, que caiu de 47,7% para 43,5%. Os brancos agora representam 88,2 milhões de pessoas no Brasil. Os número de brasileiros declarados amarelos também sofreu queda de 1,1% para 0,4% (850 mil) da população.

Segundo a Agência de Notícias do IBGE, “a diminuição da população amarela está correlacionada a um procedimento adotado no Censo 2022: caso o entrevistado se declarasse ou a algum morador de cor ou raça amarela, o recenseador faria uma pergunta adicional padrão: “considera-se como cor ou raça amarela a pessoa de origem oriental: japonesa, chinesa, coreana. Você confirma sua escolha?”.  Para Leonardo Athias, analista do IBGE, o novo procedimento colaborou para essa “mudança mais drástica” na proporção de pessoas que se declararam amarelas.

Pardos, brancos e pretos predominam, respectivamente, no Norte, no Sul e no Nordeste

Fonte: IBGE

A população parda foi o grupo com maior percentual na população residente da região Norte (67,2%). Também o Nordeste (59,6%) e o Centro-Oeste (52,4%) registraram números acima da média nacional. Já os percentuais do Sul (21,7%) e do Sudeste (38,7%) ficaram abaixo da média.

A região Sul tinha o maior percentual de população branca (72,6%). No Sudeste, o percentual foi de 49,9%. Nas regiões Centro-Oeste (37,0%), Nordeste (26,7%) e Norte (20,7%), os percentuais ficaram abaixo da média nacional.

O Nordeste teve o maior percentual de população preta (13,0%), seguido pelo Sudeste (10,6%), Centro-Oeste (9,1%) Norte (8,8%) e pelo Sul (5,0%).

O Sudeste tinha a maior proporção (0,7%) de população amarela. Sul e Centro-Oeste (0,4%, ambas) igualaram a média do país. Nordeste (0,1%) e Norte (0,2%) tinham as menores proporções.

As proporções de população indígena no Norte (4,3%), Nordeste (1,0%) e Centro-Oeste (1,2%) superaram a média nacional. Já o Sudeste (0,1%) e o Sul (0,3%) tinham os menores percentuais.

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