‘Nos Tempos do Imperador’ estreia em 09 de agosto e a novela e é a primeira totalmente inédita desde o início da pandemia.
A trama, escrita e criada por Alessandro Marson e Thereza Falcão, e com direção artística de Vinícius Coimbra, é uma obra de época, ambientada no Rio de Janeiro, e se desenvolve em um Brasil que ainda busca sua identidade e acompanha momentos importantes da vida do Imperador Dom Pedro II (Selton Melo), da Imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella), de Luísa, a Condessa de Barral (Mariana Ximene.
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Entre os cenários que compõem a trama está a Pequena África, lar histórico da comunidade afro-brasileira na Região Portuária do Rio de Janeiro. A atriz Dani Ornellas, que vive Cândida, a Rainha da Pequena África, comenta sobre a importância dessa representatividade.
“Pessoas das quais hoje nós falamos tanto, como Tereza de Benguela, Luisa Mahin e outras mulheres líderes quilombola, não estão nos livros de História. A Teresa conduziu um quilombo com quase mil pessoas entre pretos, indígenas e brancos e liderou esse quilombo durante muito tempo. Onde está essa história? Por que eu não cresci ouvindo e lendo isso? Para mim, a Cândida é a oportunidade de dar voz a histórias que são minhas e que não foram contadas para mim”, comemora.
A responsabilidade de interpretar Dom Pedro II coube a Selton Mello. “Eu não me lembrava, da época da escola, de tantos detalhes da história do Dom Pedro II. Quando li alguns capítulos que o Vinícius (Coimbra, diretor artístico) me mandou, no começo, fiquei muito intrigado. Ele foi um personagem tão importante na história do Brasil e não foi tão retratado quanto Dom Pedro I.” disse o autor, intrigado.
Se sobre a trajetória de Dom Pedro II existem lacunas, a situação não é diferente quando se trata de sua esposa, Teresa Cristina. Pouco comentada pela História, a Imperatriz ganha contornos fortes em ‘Nos Tempos do Imperador’ e é interpretada por Letícia Sabatella.
“A Teresa Cristina foi a última Imperatriz, ela sofreu com o fim do Império, com esse confisco da imagem do Dom Pedro II e dela. Ela virou uma figura meio apagada, mas, poxa, como assim uma pessoa que estudava Arqueologia, que se responsabilizada pela escavação de sítios arqueológicos importante e tinha uma coleção dentro do museu, lia, tentava se aproximar do povo, gostava de artes… como ela pode ser tratada como alguém ignorante? A Teresa Cristina foi realmente apaixonada pelo Brasil”, analisa a atriz.
Além da paixão entre Dom Pedro II e Luisa , a Condessa de Barral, que teria sido o grande amor de Imperador, o público vai acompanhar também a história de amor de Pilar, jovem que sonha se tornar a primeira médica do Brasil, e de Jorge/Samuel, um homem negro.
O ator Michel Gomes fala da felicidade com esse trabalho: “Estou realizando um sonho contando a história de um personagem que é brasileiro como eu. Me preparei para esse trabalho entendendo como eu poderia levar para as cenas um sentimento que sempre me acompanhou durante a vida, por eu ser negro. A história do Jorge é a história dos meus ancestrais. Estou contando também a minha história, de alguma forma”, diz.
Já o ator Rogério Brito interpreta Dom Olu, Rei da Pequena África, um personagem que existiu e foi uma pessoa, que trocava informações e confidências com o Imperador.
“Fico muito feliz porque em algum momento na realização desse personagem existe uma reconexão com meus ancestrais. É um desafio muito mais que necessário. Nesse momento pelo qual estamos passando, o povo negro precisa de líderes, de alguém que nos conduza para chegarmos aonde a gente precisa. Ao mesmo tempo, precisamos ter consciência de onde viemos para poder pensar sobre aonde vamos. Dom Olu me traz essa luz. Ele é considerado o Rei do espaço de resistência que é a Pequena África pelo fato de ter descendência nobre, que é o que faz ele ter essa identificação e essa ligação com Dom Pedro II, que também é um nobre. Através desse contato com o Imperador, ele se articula para poder de alguma forma acolher e liderar o povo que o considera como Rei”, explica Rogério.
E como todo bom folhetim tem seu grande vilão, em ‘Nos Tempos do Imperados’ o responsável por agitar a vida dos protagonistas é Tonico, interpretado por Alexandre Nero.
Nos Tempos do Imperador’, a próxima novela das seis, é criada e escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão, com Julio Fischer, Duba Elia, Wendell Bendelack e Lalo Homrich e tem direção artística de Vinícius Coimbra, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Guto Arruda Botelho, Alexandre Macedo, Pablo Müller, Joana Antonaccio e Caio Campos. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a novela estreia no dia 09 de agosto de 2021.
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