Mandela nos ensinou que se aprendemos a odiar as pessoas pela cor, também podemos aprender a amar. Porém parece que muito pais brancos nem cogitam discutir questões raciais dentro de casa com seus filhos pequenos. Vivemos em uma sociedade racista e quando a educação em casa falha, o racismo toma conta fazendo como vítimas inúmeras crianças negras.
Uma das vítimas do racismo praticado por crianças brancas em ambiente escolar, foi o filho do cantor André Marinho (Ex-Bro’z) e a fotógrafa Drika Marinho.
Notícias Relacionadas
Filmes, séries e reality show com protagonismo negro para maratonar no feriado prolongado
Grammy Latino 2024: homens negros brasileiros brilham na premiação
Em um vídeo que viralizou na Internet, o herdeiro do casal relata que amigos da escola não gostam dele por conta da sua cor de pele.“Tem uma amiga no transporte da escola ela me contou que , eu quase encostei nela, e ela disse ‘eu tenho nojo de encostar em negro”, relatou o pequeno.
Para quem têm filhos negros, ouvir esses relatos da boca deles dói muito mais do que se tivesse acontecido diretamente com a gente.
Com muita calma, André explica para o filho que ele e muitas pessoas lutam contra o racismo e que temos que ensinar aos racistas, que somos todos iguais.
A atitude foi certeira ao falar com uma criança. Ela já se sente ferida, não precisa ser orientada a ter sentimentos de ódio contra o racista, desde que, como foi o caso, a criança não se sinta responsabilizada pelo o que aconteceu.
Seja entre crianças ou adultos a culpa do racismo é sempre dos brancos. Pais brancos, melhorem. Incluam a diversidade étnica dentro da sua casa. Pode ser uma boneca negra, um livro infantil com personagens negros, mas a conversa é necessária. Drika, a mãe, me explicou que o filho estuda em um colégio particular, onde praticamente não há negros.
Se vocês ensinam a não bater em amigo, a fazer a lição de casa, comer verduras e tomar banho diariamente, podem ensinar que crianças negras ou qualquer uma que seja diferente dos seus filhos brancos, devem ser respeitadas.
Notícias Recentes
Lançamento de “Aspino e o boi” leva memórias quilombolas à literatura infantil
Novembro Negro | Seis podcasts e videocasts apresentados por mulheres negras para acompanhar